A NAV Portugal controlou 283.900 movimentos aéreos , entre janeiro e setembro, mais de 50% abaixo do valor registado em 2019, ano de referência, apesar de se ter verificado uma melhoria no terceiro trimestre do corrente ano, anunciou a empresa nesta sexta-feira, dia 29 de outubro.
“Apesar da melhoria sentida no terceiro trimestre do ano, o tráfego aéreo controlado pela NAV Portugal, em termos acumulados, continua mais de 50% abaixo do registo de 2019, tendo sido geridos 283,9 mil movimentos entre janeiro e setembro, valor que compara com os 619 mil movimentos controlados nos primeiros nove meses de 2019, ano em que foram batidos recordes de tráfego”, apontou, em comunicado.
No terceiro trimestre, a NAV geriu 151.471 voos, uma redução de 33% face a igual período de 2019, mas “substancialmente acima” dos registos trimestrais desde a pandemia de covid-19.
Nos primeiros três meses do ano, o tráfego aéreo foi 72,5% inferior ao de 2019, enquanto no segundo trimestre a quebra foi de 61%.
Segundo a empresa responsável pelo controlo do tráfego aéreo, a recuperação verificada nos dois primeiros trimestres ganhou “algum fôlego” nos meses de julho, agosto e setembro, com os melhores registos mensais de tráfego desde fevereiro de 2019.
Estes dados reforçam assim “os sinais de que está em curso uma retoma gradual, mas sustentada”, referiu, acrescentando que, em agosto, controlou mais de 53.000 movimentos, o que também não acontecia desde fevereiro de 2019.
O tráfego gerido pela NAV engloba aterragens, descolagens e sobrevoos, no espaço aéreo português sob a sua responsabilidade (5,8 milhões de quilómetros quadrados), dividido pelas regiões de informação de voo (RIV) de Lisboa e Santa Maria.
Na RIV de Lisboa, que inclui os movimentos de Portugal Continental e Madeira, a NAV controlou 120.000 voos, entre julho e setembro, um retrocesso de 33% face aos 179.000 movimentos geridos no mesmo período de 2019.
A empresa responsável pelo controlo de tráfego aéreo disse também que, no primeiro trimestre, o total de movimentos cedeu 77% face ao período homólogo de 2019, enquanto no segundo trimestre o retrocesso foi de 63%.
Já na RIV de Santa Maria, que inclui o tráfego numa “vasta área” do Oceano Atlântico Norte e nos Açores, os movimentos, contabilizados no terceiro trimestre, recuaram 34% em comparação com 2019.
Nos dois primeiros trimestres do ano, o tráfego caiu mais de 50% face aos registos de 2019.