Os tripulantes de cabina da PGA – Portugália Airlines retomaram ao primeiro minuto de hoje, domingo, dia 14 de Dezembro, a greve de dois dias decretada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), e que já teve um dia cumprido na passada sexta-feira, dia 12.
Segundo o sindicato, a paralisação de hoje deverá afectar mais voos do que o previsto pela companhia aérea. Ivo Fialho, dirigente do SNPVAC, disse à agência noticiosa Lusa que as perspectivas são de adesão total, o que significa, adianta, que “tirando os voos incluídos nos serviços mínimos, nenhum outro será realizado” e, como consequência, “há outros voos que não se irão realizar, mas o número dependerá das alterações que a empresa tenha feito desde o pré-aviso de greve”.
A greve foi provocada pelo não cumprimento do acordo de empresa, alega o sindicato. No pré-aviso de greve, o SNPVAC justifica este protesto com “o desgastado ambiente laboral causado por uma gestão operacional caracterizada por permanentes violações às regras laborais estabelecidas no clausulado do Acordo de Empresa PGA/SNPVAC vigente, desrespeitando os mais elementares princípios da negociação colectiva e revelando um total desrespeito pelos direitos dos tripulantes de cabine, nomeadamente, pelo agravamento contínuo e sistemático das suas condições de trabalho”.
De acordo com Ivo Fialho, “desde que foi entregue o pré-aviso de greve, a empresa nunca mais voltou a entrar em contacto com o sindicato.
Preocuparam-se em mudar voos e alterar rotações em vez de resolver o problema, que era uma coisa simples, bastava cumprir o acordo de empresa e a legislação em vigor”, disse.
Questionado sobre eventuais novas medidas a tomar face ao desacordo com a empresa, Ivo Fialho disse que “a única coisa certa é que haverá uma assembleia-geral, na qual os tripulantes terão de decidir o que querem fazer no futuro”.
Para domingo, nenhum voo deverá levantar a não ser os decretados pelos serviços mínimos, que são, segundo a PGA, um voo de ida e volta, com partida de Lisboa, para Lyon, Nice, Toulouse, em França, e Bilbau e Valência, em Espanha.
- Foto: Bruno Lima