Os associados do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil rejeitaram nesta quinta-feira, dia 19 de janeiro, em assembleia-geral, realizada em Lisboa, a proposta da TAP e decidiram manter o pré-aviso de greve entre os dias 25 e 31 de janeiro.
Os tripulantes de cabina da companhia portuguesa, reunidos em assembleia-geral desde cerca das 10h00 num hotel, em Lisboa, rejeitaram, pela segunda vez, uma proposta da TAP, que ia ao encontro de 12 das 14 reivindicações do SNPVAC, na tentativa de evitar uma nova greve de sete dias, depois de uma paralisação de dois dias, em dezembro, ter tido um impacto de cerca de oito milhões de euros na companhia aérea.
À entrada para a reunião, o presidente do sindicato tinha dito que era “muito provável” que os tripulantes decidissem manter o pré-aviso de greve.
Antes da Assembleia-Geral, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarróias, teve uma conversa com o ministro das Infraestruturas, João Galamba, que referiu como “construtiva”, mas remeteu as conclusões sobre a decisão de avançar ou não para a greve para o final da assembleia-geral.
“O ministro apenas reforçou a sua confiança e o apoio à proposta apresentada pela TAP, o que acho que institucionalmente ele devia tê-lo feito. Desejou boa sorte para a assembleia, mas na realidade foi basicamente uma conversa construtiva, informal, demonstrando ou sensibilizando para a importância do momento e a importância que a greve poderá ter para a saúde financeira da empresa. Somos sensíveis a isso, sempre dissemos que uma greve não se faz de ânimo leve“, disse Ricardo Penarróias, em declarações aos jornalistas e transmitidas pelo canal televisivo ‘SIC Notícias’.
O presidente do SNPVAC sublinhou, ainda assim, que “a insatisfação [dos trabalhadores] é grande, é inquestionável” e, por isso, é “muito provável” que os tripulantes decidiriam manter o pré-aviso de greve entre 25 e 31 de janeiro.