Ucrânia recupera controlo do Aeroporto de Kyiv Gostomel – An-225 está intacto

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As Forças Armadas da Ucrânia retomaram nesta quinta-feira, dia 24 de fevereiro, o controlo do Aeroporto de Kyiv Gostomel, a cerca de 35 quilómetros da capital do país, e onde estão instaladas uma importante base aérea militar e a fábrica de aviões Antonov. É também muito utilizado como entreposto de carga aérea.

O aeroporto tinha caído nas mãos dos militares russos, pela manhã, após a ordem de entrada dada pelo Presidente da Rússia, Vladimir Putin, das denominadas “forças de manutenção da paz” formadas por Moscovo para ajudar a manter a ordem nos dois territórios separatistas da Ucrânia de que decidiram tornar-se independentes com o apoio da Rússia. Uma encenação anunciada pela manhã, em Moscovo, que se materializou numa invasão total em diversos pontos do território ucraniano, que se tornou independente há cerca de 30 anos, após a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, conhecida pela sigla URSS ou simplesmente por União Soviética.

O ataque ao aeroporto de Gostomel, o terceiro mais importante da área metropolitana de Lyiv, foi desencadeado por um grupo de cerca de 200 páraquedistas, apoiados por 34 helicópteros, três dos quais foram derrubados, segundo indicações do comando militar ucraniano. Ao fim da tarde os ocupantes foram expulsos.

No Aeroporto de Lyiv Gostomel estão estacionados diversos aviões civis e militares, que foram surpreendidos pela ação militar. Um dos aviões que está estacionado é o Antonov An-225 Mriya, equipado com seis motores a jato, que é o maior avião comercial do mundo, utilizado em transporte de cargas pesadas, e do qual apenas existe um em atividade. O avião gigante está parado desde o passado dia 5 de fevereiro e receava-se no Ocidente que pudesse ter sofrido alguma avaria devido aos combates verificados em Gostomel. Depois de alguma incerteza, o comandante Dmytro Antonov (imagem acima), que trabalha para a Antonov Airlines, proprietária do avião, disse na sua conta pessoal na rede Facebook que o avião está intacto e que não tinha sofrido quaisquer avarias.

Menos de 24 horas depois da Rússia ter invadido a Ucrânia é difícil ter um balanço fidedigno sobre o efeito devastador deste conflito militar na aviação, não só em termos de aeronaves militares e seus tripulantes – além de outras vítimas –, como também na aviação comercial

O ataque foi de imediato condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), União Europeia (UE) e Conselho de Segurança da ONU.

Na noite desta quinta-feira, dia 24 de fevereiro, o Presidente Zelensky, da Ucrânia, anunciou que os ataques das Forças Armadas russas já tinham provocado 137 mortos e centenas de feridos. Foi decretada a mobilização geral de reservistas até 60 anos de idade e os jornalistas internacionais no terreno calculam que cerca de 100.000 ucranianos estão em fuga para países limítrofes não alinhados com Moscovo e a política de Putin.

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