Humberto Figuera, presidente executivo da Associação das Companhias Aéreas de Venezuela, conhecida pela sigla de ALAV, anunciou na semana passada, numa entrevista ao canal noticioso ‘Unión Radio’ de Caracas, que neste ano, entre Janeiro e Outubro, as empresas aéreas que trabalham no País venderam cerca de metade dos bilhetes aéreos que foram vendidos em igual período do ano passado.
Segundo os dados apresentados, de Janeiro a Outubro de 2013 foram vendidos 3.133.144 bilhetes aéreos, enquanto em igual período deste ano as vendas atingiram apenas 1.450.000. O presidente da ALAV atribui esta acentuada quebra ao facto das companhias aéreas internacionais terem baixado o número de voos para Venezuela e também à crise económica que atinge o país.
Como é sabido as companhias reduziram o número de frequências para Caracas, e algumas até se retiraram da rota, devido à gigantesca dívida que o Governo da Venezuela tem para com elas, dado o atraso na transferência das receitas das vendas para os países de registo das empresas aéreas. Um problema que tem se arrastado desde o início de 2013, e que, já no final de 2014, não tem solução razoável à vista.
A retracção da transferência das divisas apanhou precisamente as receitas de 2012 e de 2013, os dois anos que mais se venderam passagens aéreas em Venezuela para destinos no estrangeiro e em companhias internacionais, já que, nem a Conviasa, nem a Santa Bárbara Airlines, as duas companhias com registo da República Bolivariana e com aviões para o longo curso, não respondiam minimamente às solicitações do mercado.