Heather Cho, filha do presidente da Korean Air, que foi detida por fazer atrasar um voo da companhia, num incidente com a tripulação, a bordo de um avião da própria empresa, foi hoje condenada pelo tribunal de Seul, na Coreia do Sul, a um ano de prisão, por violar as leis da aviação de acordo com o Diário de Notícias de Lisboa.
O episódio remonta ao dia 5 de dezembro do ano passado quando tentava expulsar uma comissária de bordo por esta se ter recusado a servir-lhe frutos secos, sem o invólucro, a bordo de um avião em que viajava de Nova Iorque para Seul.
O advogado de acusação pedia uma sentença de três anos de prisão para a executiva, acusando-a de violação das leis da aviação, tentativa de agressão e obstrução da investigação. No entanto, Heather Cho, que é filha do presidente da Korean Air, declarou-se inocente da maior parte das acusações, nomeadamente de ter agredido o chefe da tripulação de cabina, Park Chang Jin, com um manual de instruções enquanto o obrigava a ajoelhar-se para pedir perdão.
O juiz, Oh Sung-woo, negou o pedido de perdão da ex-executiva por não o considerar genuíno. “Trata-se de um caso em que a dignidade humana foi esmagada ” referiu, citado pela BBC.
A antiga executiva aguardava em prisão preventiva desde o dia 30 de Dezembro. O caso tem sido seguido com atenção na Coreia do Sul, onde são comuns as grandes empresas geridas por membros de uma mesma família. Aos executivos que chegam à liderança devido às ligações familiares, e não por demonstração de eficácia, são frequentemente apontados comportamentos arrogantes e condescendentes.
Fonte : Diário de Noticias
Foto: Reuters