Vinci adquire maioria do capital da empresa do Aeroporto de Londres/Gatwick

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O grupo Vinci Airports, de matriz francesa e dono da ANA – Aeroportos de Portugal, assinou nesta quinta-feira, dia 27 de dezembro, um acordo para se tornar acionista maioritário do Aeroporto de Londres/Gatwick, o segundo mais importante do Reino Unido, depois do de Heathrow, situado também na área metropolitana da cidade de Londres, capital do país.

Com esta aquisição, cuja transação financeira está avaliada em 3,22 mil milhões de euros, a Vinci Airports passa a ocupar a liderança do ranking dos operadores aeroportuários mundiais (entre as empresas de capitais privados), com concessões em diversos países e vários continentes. A Vinci pagou uma quantia semelhante (3,08 mil milhões de euros) em 2013 para adquirir a ANA, concessionária dos 10 mais importantes aeroportos portugueses, no Continente e nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores.

“Durante o primeiro semestre de 2019”, a Vinci vai assumir 50,01% das ações do Aeroporto de Gatwick, ficando as restantes 49,99% das ações nas mãos dos atuais proprietários, refere uma declaração emitida pelo grupo europeu de exploração de aeroportos, que é subsidiário de uma holding criada há vários anos em França para o negócio da construção civil e obras públicas. O atual proprietário e concessionário do Aeroporto de Gatwick é o ‘Global Infrastructure Partners’ (GIP), um fundo de investimentos em infraestruturas, sediado na cidade de Nova Iorque (EUA). O fundo adquiriu o aeroporto londrino em 2009.  Após a entrada do grupo Vinci Airports, que deverá ocorrer durante o primeiro semestre de 2019, o GIP continuará a administrar os 49,99% do capital do Aeroporto de Gatwick, que continua em suas mãos.

O valor da aquisição – cerca de 2,9 mil milhões de libras esterlinas, correspondente a cerca de 3,22 mil milhões de euros, ao câmbio do dia do contrato – é maior do que o lucro líquido global do Grupo Vinci em 2017, que foi de 2,74 mil milhões de euros.

Nicolas Notebaert , presidente do grupo Vinci Airports, considerou o valor de transação “bastante razoável em comparação com a qualidade dos ativos” e num contexto de Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia).

“Vamos garantir uma continuidade completa do plano de gestão do Aeroporto de Londres/Gatwick, que provou a sua eficácia”, disse Notebaert, durante uma teleconferência.

Com essa aquisição, a subsidiária da gigante da construção francesa consegue o oitavo aeroporto europeu, que movimentará 46 milhões de passageiros em 2018. Depois de concluída esta transação, a Vinci Airports operará 46 aeroportos em 12 países, com um movimento total de mais de 228 milhões de passageiros por ano. Nos últimos meses, o grupo francês ganhou novas concessões no Brasil (Aeroporto de Salvador da Bahia), Japão (Kansai, Osaka Itami e Kobe) e na Sériva (Aeroporto Nikola Tesla/Belgrado, cuja negociação terminou no início do corrente mês de dezembro).

O Aeroporto de Londres/Gatwick foi inaugurado em 1958. Nele operam presentemente cerca de 50 companhias aéreas. Emprega diretamente 24.000 pessoas. A meta do aeroporto é atingir os 53 milhões de passageiros anuais em 2023. Tem voos para 228 destinos em 74 países. Gatwick é hoje base importante de duas companhias aéreas europeias – a British Airways e a EasyJet – estando em desenvolvimento um projeto para sediar a operação da China Eastern Airlines na Europa, cuja atividade em Londres/Gatwick tem registado assinalável crescimento.

A Vinci Airports estabeleceu recentemente operações no Brasil, no Japão e na Sérvia.

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