O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República de Chipre anunciou às 12h41 UTC que o homem que desviou na manhã desta terça-feira, dia 29 de março, um Airbus A320 da Egyptair para o Aeroporto Internacional de Larnaca foi preso e que a situação se encontra agora sob o controlo das autoridades cipriotas. Não há feridos nem prejuízos resultantes do desvio e sequestro do avião egípcio. A situação tende para a normalização no aeroporto da capital cipriota, onde, durante toda a manhã, não houve tráfego, tendo os aviões sido desviados para aeroportos alternativos, onde ainda aguardam a reabertura oficial de Larnaca.
Cerca de uma hora antes, as agências internacionais diziam que a situação tendia para uma resolução próxima. O avião da companhia egípcia foi desviado para o Aeroporto Internacional de Larnaca, no Chipre, uma ilha-estado no Mar Mediterrâneo, a sul da Turquia, e que pertence à União Europeia, quando fazia um voo doméstico (MS181) no Egito, entre as cidades de Alexandria e do Cairo.
O presidente de Chipre, Nicos Anastasiades, numa comunicação oficial afastou a hipótese de o desvio do avião da Egyptair ser um acto terrorista. “Tem tudo a ver com uma mulher”, garantiu aos jornalistas.
A mulher em causa, que já viveu com o sequestrador, terá se deslocado ao aeroporto, segundo o jornal britânico ‘The Guardian’, depois de o ‘pirata do ar’ ter pedido para a ver. A ex-companheira vive na cidade cipriota de Oroklini, próxima do aeroporto de Larnaca.
Segundo relatam algumas agências noticiosas o sequestrador é um homem identificado como Ibrahim Abdel Tawwab Samaha, professor de Medicina Veterinária na Universidade de Alexandria. Antes ele tinha entregue às autoridades cipriotas, através dos primeiros passageiros libertados do avião, uma carta de quarto folhas para entregar a uma mulher, cujo endereço na cidade de Larnaca indicou.
À chegada ao aeroporto cipriota, o ‘pirata do ar’ permitiu a libertação da maioria das pessoas que se encontravam a bordo, ficando apenas dentro da aeronave quatro passageiros estrangeiros e quatro elementos da tripulação, num total de 9 pessoas, incluindo o sequestrador, segundo informação do vice-presidente da companhia aérea egípcia, em declarações por telefone ao canal noticioso norte-americano CNN. À medida que as negociações evoluíram apenas ficaram dentro do avião os dois pilotos, um oficial de segurança de bordo e o sequestrados, relataram as agências internacionais nos últimos despachos.
As forças de segurança cipriotas montaram no aeroporto e ao redor do avião egípcio estacionado um cordão de segurança, bem como um dispositivo militar que incluiu diversos carros de combate blindados, bem visíveis nas imagens que as televisões transmitiram em direto.
O avião envolvido neste incidente tem a matrícula SU-GCB e o número de série de fábrica 2079. Fez o seu primeiro voo em julho de 2003, tendo sido entregue à Egyptair em no dia 31 de outubro do mesmo ano.
Não há ainda certezas acerca do número de pessoas que o avião transportava quando na manhã desta terça-feira pousou no Aeroporto Internacional de Larnaca. O Ministério da Aviação do Egito refere 55, as autoridades de Chipre falam em 72 e a companhia aérea, nas primeiras informações divulgadas, dizia que o avião tinha a bordo 81 pessoas, sem explicar se seriam apenas passageiros ou todos os ocupantes, em que incluiria a tripulação que, nestes voos domésticos, é normalmente constituída por dois pilotos e quatro comissários de bordo.
- Notícias em atualização – 13h00 UTC