A Empresa Nacional de Produtos Farmacêuticos (Emprofac) de Cabo Verde alugou um avião de passageiros da SATA Azores Airlines para transportar para a Cidade da Praia, na ilha de Santiago, um carregamento de equipamentos hospitalares e farmacêuticos para combate à pandemia de covid-19, naquele arquipélago africano.
O Airbus A321neo, matrícula CS-TSG, da companhia aérea portuguesa aterrou na Cidade da Praia, na manhã do passado sábado, dia 9 de maio, num voo procedente de Lisboa. Na capital portuguesa o avião embarcou 1.410.000 máscaras cirúrgicas, 16.000 testes à covid-19, 2.500 viseiras, batas, sapatos e medicamentos de frio, encomenda que custou à Emprofac 1,2 milhões de euros e que se destina, até 80 por cento, para comercialização pelo setor privado, e o restante para os hospitais públicos do arquipélago, informou a empresa importadora.
Fernando Gil Évora, presidente da Emprofac, disse aos jornalistas no Aeroporto da Praia, que a carga chegada ao País visa reforçar o armazenamento necessário e adequado desses equipamentos, face à obrigatoriedade do uso de máscara em Cabo Verde e tendo em conta que a partir de 25 de maio nenhum cliente ou utente pode ser atendido em serviços públicos ou privados sem esse tipo de proteção, medida governamental que visa travar a transmissão da covid-19.
O presidente da Emprofac disse ainda que um segundo voo sanitário organizado pela empresa, proveniente diretamente da China, tem chegada prevista para o dia 18 de maio ao Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, com equipamentos de proteção individual (EPI) e outro material médico, numa carga de cerca de 40 toneladas. O avião, devido à sua dimensão não pode aterrar no Aeroporto da Praia.
“São a 100% para o setor público: Ministério da Saúde e Ministério da Administração Interna, em particular a polícia e a proteção civil (…) Haverá um terceiro voo sanitário em junho, caso as ligações aéreas internacionais não sejam, entretanto, retomadas”, afirmou o presidente do conselho de administração da Emprofac.