Um Airbus A340-600, matrícula G-VWKD, da companhia britânica Virgin Atlantic foi forçado a regressar ao Aeroporto de Heathrow, na cidade de Londres, neste domingo à noite, dia 14 de fevereiro, devido ao impedimento de um piloto que foi atingido na vista, aquando da descolagem, por um foco de raio laser, apontado de terra, a cerca de seis milhas oeste do aeroporto.
A aeronave seguia para Nova Iorque/John F. Kennedy, nos Estados Unidos da América, voo VS25, quando de terra foi apontado um raio laser que, supostamente danificou a visão do piloto, que não recuperou a vista de forma a poder continuar o seu trabalho em completa segurança.
Depois de dar conta do sucedido à torre de controlo de Heathrow/Londres e à própria companhia a tripulação recebeu autorização para retornar ao aeroporto de partida quando já se encontrava a sobrevoar a Irlanda.
Um membro da tripulação advertiu os controladores aéreos que um dos pilotos tinha tido “um problema de saúde pouco após o incidente envolvendo um laser [ocorrido] depois da descolagem”, segundo os registos audio, divulgados nesta manhã de segunda-feira, dia 15 de fevereiro, em Londres.
A Virgin Atlantic distribuiu no domingo à noite uma nota de imprensa em que pede desculpa aos seus passageiros pelo inconveniente da situação, criada por factores externos à própria operação da companhia. Os passageiros foram acomodados em hotéis junto do aeroporto londrino e deverão prosseguir viagem na manhã desta segunda-feira, num outro avião da companhia.
Centenas de incidentes envolvendo raios laser apontados a aviões são registados anualmente, de acordo com a Autoridade de Aviação Civil britânica. Um homem foi preso no início do mês depois de um raio laser verde ter sido apontado aos cockpits de diversos aviões que sobrevoavam Kent, no sudeste de Inglaterra, indicou a polícia, citada pelas agências noticiosas internacionais.