Maputo, capital da República de Moçambique, acolhe esta semana a Assembleia Geral do Conselho Internacional dos Aeroportos (ACI), que tem como um dos principais pontos da sua agenda a identificação de mecanismos para eliminar as ligações intercontinentais em voos de passageiros cujo destino é um país africano.
«Para viajarmos dentro de África, às vezes precisamos ir para Europa e depois regressarmos novamente a África», explicou, na semana passada, o presidente do Conselho de Administração dos Aeroportos de Moçambique, Emanuel Chaves, em declarações ao correspondente do jornal português ‘A Bola’. Este é um dos maiores problemas que apoquenta não apenas as linhas aéreas mas também os passageiros, salientou Chaves.
«O nosso maior problema está dentro dos países em África e entre os países africanos. Este é um dos grandes problemas que vamos discutir. A título de exemplo, um conhecido nosso quando ia aos Jogos da CPLP teve que voar de Maputo para Joanesburgo, de lá para Dubai, depois para Lisboa e de Lisboa à Cidade da Praia».
Refira-se que são vários os motivos que concorrem para esta situação tais como o número reduzido de ligações entre países africanos, a instabilidade política, o subdesenvolvimento, o fraco volume de comércio entre os países ou a falta de interesse no turismo continental por parte dos africanos.
O encontro, que decorre desde a passada segunda-feira, dia 17 de outubro e que termina no domingo, dia 23, é subordinado ao tema “Conectividade Aérea: O Papel dos Aeroportos”. Serão analisados aspetos comuns aos aeroportos africanos, como segurança e aspectos relacionados a economia dos aeroportos.
O evento deverá contar com a participação de mais de 400 delegados e convidados do mundo inteiro.