A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Secretaria da Receita Federal do Brasil assinaram na quinta-feira, dia 2 de junho, uma parceria que permite uma economia de cerca de 30 por cento no treinamento dos pilotos militares do País.
A assinatura do Termo de Execução Descentralizada com a empresa ‘Bond Trading Services’, sediada no Reino Unido, autoriza o treino de pilotos no simulador do helicóptero EC-135, e será operado pelas duas instituições.
De acordo com o diretor do Centro Logístico da Aeronáutica, Brigadeiro André Luiz Fonseca e Silva, essa parceria é um contrato muito vantajoso para a FAB. “Realizámos uma licitação unificada, o que simplificou os processos. Nesse sentido, houve uma grande vantagem de custo para as duas organizações”, destacou.
Segundo o oficial-general, as duas organizações vão poder se ajudar. “Tanto a Receita Federal, que tem o papel de proteger o comércio nas nossas fronteiras, quanto a FAB, que tem o papel de proteger as fronteiras em si, vão poder fortalecer as suas missões institucionais”, ressaltou.
A FAB e a Receita Federal devem enviar anualmente cerca de 15 pilotos para realizar o treinamento no simulador. A princípio, os pilotos da FAB serão instrutores que vão auxiliar os aviadores da Receita. O objetivo, no futuro, é que a Receita possua seus próprios instrutores e a FAB também envie os seus pilotos para treinar no simulador. O contrato terá duração de cinco anos.
De acordo com o Secretário Jorge António Deher Rachid, um dos destaques da assinatura do Termo de Execução é a troca de conhecimento entre as duas instituições. “As aeronaves da Receita atendem principalmente os processos de combate aos ilícitos aduaneiros, combate aos descaminhos e ao contrabando. Então, temos o papel principal de acompanhar, monitorar e passar a informações para as equipes de terra. O que configura um trabalho com outras agências e com as Forças Armadas”, ressaltou.
De acordo com o secretário, nos Jogos Olímpicos as aeronaves da Receita e os pilotos com treinamento no simulador do EC-135 vão ser deslocados para a capital carioca durante o evento. “Nesse período das Olimpíadas, nós pretendemos atuar em conjunto com as outras Forças no Rio de Janeiro”, ressaltou.
O uso do equipamento permite a economia em horas de voo e o treinamento de procedimentos sob condições realistas, em ilimitadas combinações de situações de emergências, condições meteorológicas, ambientais, geográficas, fases e parâmetros de voo. Diferentemente da simulação de emergências na própria aeronave, o uso do simulador não expõe a tripulação e a aeronave a riscos de danos patrimoniais e lesões pessoais.
O treinamento de emergências é a oportunidade para que o piloto se auto avalie e também seja avaliado pela sua organização diante de situações de emergência.
- Fonte: Agência da Força Aérea Brasileira