A principal companhia aérea da Europa, a Lufthansa, disse neste fim-de-semana que está perto de alcançar um acordo de auxílio por parte do Estado alemão depois de este ter ameaçado cessar o pagamento, devido ao impacto do novo coronavírus.
“Temos discussões intensas e construtivas com o Governo alemão” e “em nossa opinião essas discussões podem ser concluídas num futuro próximo”, disse a direção da companhia numa mensagem enviada aos funcionários e à qual a agência de notícias francesa France Presse (AFP) teve acesso.
“O apoio do Estado alemão seria um passo essencial para garantirmos nosso futuro” e fazer com que os aviões descolassem novamente, acrescentou a direção da companhia aérea, numa altura em que as negociações pareciam ter ficado bloqueadas nos últimos dias.
As negociações, que duram há várias semanas, dizem respeito a uma ajuda total de 10 mil milhões de euros, segundo o semanário ‘Der Spiegel’ publicado neste fim de semana.
Contudo, o Estado exige contrapartidas. “Pretende deter 25,1% do capital da empresa e ter voz nas decisões”, acrescenta a revista alemã.
A administração da Lufthansa recusa-se a ser influenciada pelos poderes políticos dos países em que atua – Alemanha, Áustria, Suíça e Bélgica –, na condução dos negócios.
Na Suíça, o Governo garantirá 1,2 mil milhões de euros de empréstimos às subsidiárias suíças da Lufthansa, a Swiss e Edelweiss.
Na Áustria, a Austrian Airlines (AUA), uma subsidiária da Lufthansa, pediu na terça-feira um auxílio público de 767 milhões de euros para superar o impacto da pandemia de covid-19.
A Lufthansa realizará uma assembleia-geral na terça-feira, dia 5 de maio, através de teleconferência.