O Conselho de Administração da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde, presidido por João Pereira da Silva, garante que pretende que a transferência de pastas para o novo executivo da empresa, a ser nomeado pelo Governo da República que toma posse no próximo dia 20 de abril, se faça o mais breve possível.
Num comunicado distribuído nesta sexta-feira, dia 15 de abril, na Cidade da Praia, os atuais responsáveis pela companhia aérea nacional de capitais públicos, referem que desde o passado mês de Fevereiro o conselho de administração dos TACV manifestou “ao acionista [Estado] a nossa vontade de não prosseguir à frente da TACV em conformidade e estrito respeito para com os termos do contrato”.
O comunicado emitido pelo Conselho de Administração dos TACV conclui afirmando que apesar das “pressões não iremos abandonar a empresa, pois temos realizado um trabalho abnegado e sabemos que a TACV poderá alcançar a sustentabilidade a breve trecho”.
Os conhecidos últimos acontecimentos envolvendo a TACV, motivados em grande parte pela falta de dinheiro e por sequentes exercícios deficitários, tem mantido o Conselho de Administração da companhia ‘debaixo de fogo’ por causa das medidas tomadas no que respeita à gestão da empresa.
Como referiu nesta sexta-feira o jornal cabo-verdiano ‘Expresso das Ilhas’ na sua edição digital, “um dos episódios mais polémicos foi o da suspensão da empresa da IATA Clearing House, uma câmara de pagamentos que permite um acerto de contas entre as diversas companhias que trabalham no sector do transporte aéreo”.
“Outro episódio, e provavelmente aquele que teve maior impacto mediático, foi o do arresto judicial, no mês passado, na Holanda, de um dos aviões da frota internacional da empresa por falta de pagamento do leasing junto da empresa que colocara a aeronave ao serviço dos TACV”, sublinha ainda a notícia.
Esse avião, uma Boeing 737-800, não regressou à companhia, já se encontra com outro registo e foi anunciado disponível para colocação noutra companhia aérea.
- Foto: Carlos Freitas