A maioria das pessoas passa os seus anos de juventude a planear o seu futuro, mas Dillon Barron, que só fez 20 anos em Junho, passou uma boa parte dos anos de adolescência com um olho no passado, à medida que restaurava um Cessna 170B dos anos 50 em condição de saída de fábrica. Dillon e o pai, Mike, voaram este ano, da sua casa em Perry, no Missouri, até ao festival Sun ‘n Fun no seu Cessna restaurado. A dupla passou grande parte do tempo sentada debaixo da asa a contar a história do avião azul e metal polido.
O pai Mike Barron sublinha com orgulho que foi Dillon quem fez grande parte do trabalho e os seus esforços não passaram despercebidos, porque o C-170B trouxe para casa o prémio para o Melhor Clássico Restaurado, assim como Youth Achievement Award (prémio para o melhor feito de um jovem) do Sun ‘n Fun. “Nasci e cresci na aviação. O meu pai e o meu avô voaram ambos para a TWA e o meu pai iniciou a Barron Aviation, um negócio de reconstrução de Cessna 195. Por isso, pode dizer-se que nasci e cresci no meio de velhos clássicos. Gosto dos velhos motores radiais. Cresci na oficina a trabalhar com o meu pai”, explicou Dillon.
Na pré-adolescência, Dillon fez aeromodelismo e quando chegou aos 14 anos, aprendeu a voar nos planadores. “Voei a solo um planador no dia em que fiz 14 anos e quando fiz 16 anos estabeleci um recorde de voar a solo o mais convencional dos aviões durante um dia. O meu pai foi o meu instrutor”. Frisou. Dillon começou a restaurar o C-170B quando tinha apenas 14 anos. “O avião tinha sido deixado ao abandono durante 20 anos na placa do aeroporto de Hannibal, no Missouri. Tinha sido arrastado por tempestades e estava muito mal tratado. O leme tinha sido completamente arrancado e era a casa de toda a espécie de grilos e insectos”, recorda. “O meu pai fez-me a seguinte proposta: ele compraria o projecto e forneceria todos os componentes se eu fizesse todo o trabalho e assim ficaríamos com um avião para passear”, revelou.
Depois de erradicar toda a espécie de insectos e ninhos de ratos e de pássaros, o passo seguinte foi o de desmontar o avião todo. Os componentes foram removidos, inspeccionados, limpos ou substituídos. Embora o avião tivesse passado pelas mãos de três proprietários, havia documentação suficiente para recriar a sua história e, assim, restituir-lhe o seu aspecto original. Embora tivesse saído da fábrica da Cessna em Novembro de 1953, o número de série que foi atribuído era de 1954. O motor é um Continental de seis cilindros e 145 cavalos. Dillon acabou o avião a tempo de tirar a sua licença de piloto privado de aviões, quando fez 17 anos e tem voado com ele desde então.