A Prefeitura de Guarujá (Estado de São Paulo, Brasil) entregou ao Governo brasileiro, através da Secretaria de Aviação Civil (SAC) um pedido de anuência prévia para concessão do aeródromo municipal, cuja administração tinha sido repassada à prefeitura em Dezembro do ano passado, e que presentemente tem apenas uso militar.
Perspectiva-se portanto que o Estado de São Paulo, nomeadamente a região da Baixada Santista, muito próximo do Porto de Santos, um dos mais importantes do Brasil, possa contar em breve com um aeroporto civil, que possa de algum modo desafogar o intenso tráfego diário dos aeroportos de Congonhas e de Cumbica, que servem a maior cidade brasileira.
A entrega do documento cumpriu exigência da SAC aquando da assinatura da outorga. Na ocasião, ficou estabelecido que a Prefeitura de Guarujá entregaria os estudos em 150 dias.
Pelos estudos apresentados, segundo informação da SAC, o novo aeroporto terá capacidade para até 17 aterragens e descolagens por dia, totalizando 6.120 movimentos e 500 mil passageiros por ano. A estrutura esteve até há pouco tempo na Base Aérea de Santos, e por decisão governamental tinha-lhe sido retirada a servidão militar, já que a cidade de Guarujá foi declarada pela FIFA como uma das cidades onde deveriam estagiar as equipas de futebol participantes na Copa do Mundo. Contudo, está visto que as obras não chegarão a tempo. Mantém-se a intenção do governo remodelar o aeródromo e integrá-lo na rede nacional de aeroportos operados por aeronaves civis e de transportadoras aéreas. Os estudos agora apresentados mostram perspectivas de movimento que justificam a integração de Guarujá.