A ANA – Aeroportos de Portugal informou nesta terça-feira, dia 20 de agosto, que o Aeroporto da Madeira – Cristiano Ronaldo já está “a operar em pleno”, depois de várias dezenas de voos terem sido cancelados nos últimos dias, devido ao mau tempo que se fez sentir na zona onde está implantada infraestrutura aeroportuária, provocado nomeadamente pelos ventos fortes.
Em resposta enviada à ‘Lusa’, a ANA – Aeroportos de Portugal confirma que o aeroporto que serve a maior ilha do arquipélago português “enfrentou, nos últimos dias, constrangimentos na operação aeroportuária, atrasos e cancelamentos de voos com impacto nos passageiros”.
A gestora aeroportuária confirma ainda que os passageiros “se viram obrigados a ficar no aeroporto”, cuja operação foi afetada pelos ventos fortes que se verificaram sobretudo desde o fim de semana.
A “situação extraordinária”, que se ficou a dever às condições meteorológicas adversas no arquipélago, “tem mobilizado todas as equipas do aeroporto e os seus parceiros, que têm procurado por todos os meios que têm ao seu alcance apoiar os passageiros retidos no aeroporto sem alojamento e sem voo”, garante a ANA.
“As condições meteorológicas já permitem que o aeroporto esteja a operar em pleno, o que possibilita que as companhias aéreas estejam já a regularizar as situações, dando seguimento às viagens dos passageiros que se encontram a aguardar o seu voo”, adianta. Segundo a gestora aeroportuária, “as equipas do aeroporto ativaram o plano de contingência”.
Contudo, em terra, são inúmeras as reclamações de passageiros, não só contra a companhias aéreas, especialmente as de baixo custo que operam na Região Autónoma, que não respondem sequer às questões apresentadas pelos seus utentes, como contra as condições oferecidas no aeroporto para acolher uma quantidade tão grande de pessoas a quem as transportadoras nem oferecem alojamento, já que o parque hoteleiro da ilha da Madeira está completamente cheio. As maiores reclamações são ainda contra os altos preços praticados nos bares e restaurantes do aeroporto, que criam constrangimentos enormes a quem tem de esperar dois ou três dias para uma resposta das companhias aéreas, cujos aviões e tripulações estão sujeitos aos limites de ventos, com índices de velocidade mandatórios, devido às características especiais da pista da Madeira. Obrigadas a fornecer alimentação aos seus passageiros, que aguardam melhoria de tempo para a operação, as empresas aéreas, nomeadamente as de baixo custo, fazem dessa obrigação tábua rasa.
A DECO distribuiu nesta segunda-feira, dia 19, um comunicado em que aborda essa questão (LINK notícia relacionada), e algumas instituições do mesmo tipo, em outros países europeus, estão a reclamar face ao tratamento que tem sido dispensado aos seus conterrâneos na ilha da Madeira. Aliás, esta situação tem sido recorrente neste ano, em que se têm verificado mais dias e períodos de vento fora dos limites, o que tem ocasionado diversas interrupções do tráfego no Aeroporto da Madeira.