O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai movimentar mais 10 aviões por hora, além da média atual de 38, a partir de 2020, anunciou nesta segunda-feira, dia 30 de julho, o ministro português do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.
O Aeroporto Humberto Delgado poderá chegar, em 2020, a 48 movimentos por hora, mais dez que a média atual, disse o ministro, no âmbito de simulações feitas na NAV.
O governante, que tem a tutela dos aeroportos e da aviação civil, referiu no final de uma visita às instalações da NAV – Navegação Aérea de Portugal, em Lisboa, que que as simulações feitas por técnicos da entidade mostraram que poderá haver 72 movimentos por hora quando o esperado aeroporto do Montijo estiver operacional, mas que “pode ser antecipado o sistema ‘point merge’ para 2020 no caso do Aeroporto Humberto Delgado”.
Segue-se agora o trabalho com a gestora dos aeroportos, a ANA/Vinci, para “acelerar a disponibilização das condições físicas” e “se tudo se puder, assim, conjugar, a parte da navegação aérea permite aumentar a capacidade de movimentos bem para lá dos 40 movimentos por hora já no ano de 2020”, segundo o ministro, que precisou que se poderá aumentar da média atual de 38 movimentos para 48.
O ministro recordou que já está contratado o novo sistema de navegação aérea, tendo ficado “abaixo do orçamento de 40 milhões de euros de investimento global da NAV”, e que deverá começar a operar em 2021, quando há a “expectativa de o Aeroporto Complementar do Montijo estar em conclusão”.
Nesta segunda-feira teve lugar mais uma reunião de coordenação das várias entidades do Aeroporto de Lisboa para responder aos constrangimentos vividos na estrutura, depois de um encontro há cerca de 15 dias, recordou o ministro.
De acordo com Pedro Marques, estão a ser implementadas medidas como um novo sistema de navegação aérea que “permite mais voos numa das pistas do aeroporto de Lisboa” e que deverá estar disponível até ao “fim deste trimestre”.
Na lista de medidas para gerir um “aeroporto saturado, muito congestionado, porque atingiu praticamente o limite da sua capacidade”, estão ainda o “reforço de meios do handling, num investimento que foi da ordem dos seis milhões de euros este ano, e novos equipamentos de controlo de segurança, disponibilização de informação do “tempo de espera no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) em painéis bastante visíveis”.
O governante referiu ainda que a TAP, detida em 50% pelo Estado, vai “contratar até cerca de uns 300 pilotos, mas com um número global de pilotos promovidos, para posição de comandante, nomeadamente, ou para outras aeronaves, até 800 pilotos”.
Também está a ser reforçado o número de funcionários da ANA e da TAP para informarem os passageiros em situações de atrasos ou de cancelamentos de voos.