O Aeroporto Internacional de Macau prevê que o número de passageiros cresça mais de 20% em 2024, afirmou o presidente da empresa gestora, depois de um ano em que as receitas quase duplicaram.
Simon Chan Weng Hong disse nesta quarta-feira, dia 24 de janeiro, esperar que o volume de tráfego venha também registar um aumento superior a 20% e o volume de cargo no aeroporto suba nove por cento este ano, de acordo com um comunicado da CAM – Sociedade do Aeroporto Internacional de Macau, que detém a concessão e gestão da infraestrutura aeroportuária da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), no sul da China.
O presidente da CAM indicou que a infraestrutura tem até ao momento 13 voos charters marcados para o Ano Novo Lunar, principal festa tradicional das famílias chinesas e que este ano começa a 10 de fevereiro.
Simon Chan disse que as receitas da CAM em 2023 foram de cerca de 1,18 mil milhões de patacas (134,7 milhões de euros), quase o dobro do registado no ano anterior e 65% dos níveis de 2019.
Em 4 de janeiro, a CAM divulgou que cerca de 5,15 milhões de passageiros passaram pelo aeroporto em 2023, perto de 55% do recorde máximo fixado em 2019, antes do início da pandemia da covid-19.
Num comunicado, a empresa sublinhou que “houve um aumento significativo de passageiros”, nove vezes mais do que o número registado no ano anterior: pouco mais de 599 mil.
Em 2023, o volume de tráfego “estabilizou e recuperou gradualmente”, disse a CAM, sublinhando que o aeroporto processou um total de 42.504 voos no ano passado, equivalente a 54% do registado em igual período de 2019.
Macau, que à semelhança da China seguia a política ‘zero covid’, reabriu as fronteiras a todos os estrangeiros, incluindo turistas, no dia 8 de janeiro de 2023, depois de quase três anos de rigorosas restrições.
O aeroporto tem apenas ligações à China continental, Taiwan e Sudeste Asiático e a CAM prometeu no início de janeiro “colaborar constantemente com companhias aéreas estrangeiras e locais para explorar os mercados internacionais, de modo a desenvolver mais ligações de longo curso diretas”.
Em novembro, o líder Governo de Macau, um território onde uma das línguas oficiais é o Português, garantiu que o aeroporto vai lançar “mais voos internacionais diretos” e as obras de aterro e ampliação da infraestrutura serão lançadas na segunda metade deste ano.
O aeroporto, atualmente com uma única pista, tem capacidade para receber até 9,6 milhões de passageiros por ano, mas a taxa de utilização é de “apenas 60%”, lamentou Ho Iat Seng.
Air Macau deverá adquirir aviões grandes para lançar-se no tráfego de longo curso
“Espero que a Air Macau possa adquirir aviões maiores, para realizar voos de longo curso”, sublinhou o chefe do executivo, referindo-se à companhia aérea de bandeira do território.
Já em junho, a diretora dos Serviços de Turismo, Maria Helena de Senna Fernandes, descreveu o lançamento de voos diretos entre Macau e Portugal como “um sonho”, mas lembrou, que para atingir esse objetivo a RAEM poderia contar e trabalhar com os aeroportos vizinhos de Hong Kong, Cantão e Shenzhen.