O Aeroporto Charles de Gaulle, em Roissy, nos arredores da cidade de Paris, é agora o maior aeroporto da Europa em movimento de passageiros, segundo os números apurados entre janeiro e setembro deste ano.
Nos primeiros nove meses deste ano, num período atípico para todas as estruturas aeroportuárias mundiais, devido à pandemia de covid-19, o aeroporto que serve a capital francesa movimentou 19,2 milhões de passageiros, retirando a posição cimeira a Londres/Heathrow, no Reino Unido, que foi utilizado por apenas 19 milhões, contra os 61 milhões registados em período homólogo de 2019. Nos lugares seguintes estão listados os aeroportos de Amesterdão/Schiphol, nos Países Baixos, e de Frankfurt, na Alemanha.
O aeroporto de Heathrow foi penalizado na sequência da quarentena imposta pelo Reino Unido a passageiros de vários países, bem como pela implementação de testes de saúde aos seus concorrentes.
Em todo o ano de 2020, o aeroporto londrino prevê movimentar 22,6 milhões de passageiros e 37,1 milhões em 2021, muito longe das suas previsões antes da crise sanitária.
“O Reino Unido está a ficar para trás porque temos sido muito lentos a adotar os testes aos passageiros. As autoridades europeias agiram mais rápido e as suas economias estão a ser beneficiadas”, disse o diretor-executivo do aeroporto de Heathrow, John Holland-Kaye.
O aeroporto espera, entretanto, poder beneficiar da promessa do Governo britânico de introduzir um teste para chegadas internacionais até 1 de dezembro.
Este dispositivo, que não convence as companhias aéreas, deve permitir reduzir de 14 dias para uma semana o período de quarentena imposto pelo Reino Unido a muitos países.
O aeroporto de Londres, localizado a oeste da capital britânica, era antes da pandemia de covid-19 o número um indiscutível da Europa, com uma grande clientela turística ou de negócios.