A Polícia Federal e a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos realizaram nesta terça-feira, dia 26 de novembro, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, no Estado de São Paulo, o ‘Exercício Simulado de Apoderamento Ilícito de Aeronave’ (ESAIA), exercício obrigatório anual previsto pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em aeroportos com grande movimentação de passageiros no País.
Pela primeira vez, o exercício simulado de Viracopos foi supervisionado e coordenado pelo COT (Comando de Operações Táticas), que é a unidade de operações especiais e contra-terrorismo e ações ilícitas da Polícia Federal.
Cerca de 80 pessoas participaram do simulado de sequestro de uma aeronave estacionada em um dos pátios do aeroporto. O princípio básico das ações visou garantir a segurança dos passageiros e da tripulação, além de demais pessoas envolvidas na operação do lado de fora da aeronave.
De acordo com a programação do exercício simulado, três sequestradores armados tomaram uma aeronave estacionada no pátio 2. O voo estava prestes a decolar e tinha 62 pessoas a bordo, sendo dois tripulantes.
O comandante do avião informou a Torre de Controle sobre a situação por volta das 9h30. Em seguida, a Torre comunicou o fato imediatamente à CAMES (Central de Acionamento e Monitoramento Eletrónico de Segurança) de Viracopos.
A CAMES acionou todas as organizações envolvidas. A partir desse momento, foi ativado o COE (Centro de Operações de Emergência) e foi imediatamente constituído o Centro de Gerenciamento de Crises do aeroporto, formado por cinco grupos: de Decisão, Operacional, Tático, de Negociação e de Apoio.
No final do exercício, os sequestradores se entregaram e os reféns foram resgatados de dentro da aeronave. O exercício teve uma duração total de quase três horas. Será elaborado um relatório que ficará à disposição da ANAC e da PF para ajustes.
O objetivo do ESAIA é treinar a organização e garantir a integridade de todos que trabalham ou transitam no ambiente aeroportuário, além de verificar como estão as operações da aviação civil contra atos de interferência ilícita, cometidos no solo ou em voo.
O ESAIA deve ser realizado a cada um ano. O exercício teve uma importante participação da Azul, que cedeu uma aeronave ATR, e de um grupo de voluntários das escolas de aviação ‘Pro Flight’ e ‘Edapa’, que atuaram como “passageiros” do voo.