Viracopos, em Campinas, Estado de São Paulo, será o primeiro aeroporto do Brasil a testar um ônibus (autocarro) elétrico para o sistema de transporte interno de passageiros. O veículo começou a funcionar nesta terça-feira, dia 26 de Agosto, percorrendo o trajeto entre o novo edifício-garagem e o atual Terminal de Passageiros e será testado por um período de três semanas, anunciou a entidade concessionário do aeroporto.
Além de não emitir poluentes, o veículo não necessita do sistema da rede elétrica. Outra vantagem para o passageiro é que o veículo tem baixo nível de emissão de ruído.
“Viracopos é um aeroporto que trabalha para encontrar soluções positivas para o meio ambiente e este ônibus é uma excelente iniciativa”, disse o presidente de Viracopos, Luiz Alberto Küster.
A autonomia do veículo é de 250 km a 320 km, dependendo das condições da operação. A recarga da bateria é feita durante a noite, na garagem, por um período de cinco horas.
Com motores elétricos no eixo de tração, o que deixa o carro com baixo nível de ruído e melhora o conforto dos passageiros, o coletivo tem 12 metros de comprimento, 2,55 metros de largura e 3,36 metros de altura. A velocidade máxima atingida é de 70 km/h. O ônibus também é acessível, com área reservada para uma cadeira de rodas. A capacidade é para 80 passageiros.
Após os testes, Viracopos fará um estudo de viabilidade para definir sobre a aquisição deste tipo de tecnologia.
Aeroporto sustentável
Além de ser o primeiro aeroporto a testar o ônibus (autocarro) elétrico, Viracopos trabalha com outras frentes em defesa do meio ambiente. O terminal possui projetos em curso de reuso da água no Novo Aeroporto e vai instalar células fotovoltaicas na cobertura do terminal que está sendo construído. O equipamento é um dispositivo elétrico que pode converter a luz em energia elétrica.
Outra ação ambiental desenvolvida por Viracopos é o “Projeto Gramado”, em parceria com a Embrapa. O objetivo é descobrir a melhor espécie de grama para o aeroporto com o objetivo de analisar, entre outras coisas, o crescimento vertical e horizontal, a porcentagem de recobrimento do solo, tolerância ao solo compactado e a produção de sementes. Além de reduzir os custos com manutenção, plantio e poda, a solução proporciona uma menor emissão de poluentes por máquinas agrícolas.