A ASA – Aeroportos e Segurança Aérea da República de Cabo Verde garantiu nesta terça-feira, dia 26 de abril, que os aeroportos do país estão a funcionar, desmentindo que tenham sido encerrados, na sequência de um ataque a um posto militar na ilha de Santiago, em que morreram 11 homens, oito dos quais militares.
O comunicado da ASA, a empresa que gere os aeroportos de Cabo Verde e o controlo de tráfego aéreo deste país insular africano, afirma que “os aeroportos nacionais encontram-se abertos e com todas as condições operacionais para a realização dos voos”.
O que aconteceu, depois que houve conhecimento público do trágico acontecimento nas instalações militares do Monte Tchota, foi um compreensível aumento de segurança no Aeroporto da Cidade da Praia e reforço da vigilância nas zonas portuárias.
Segundo foi revelado numa conferência de imprensa, dada pelo novo Governo do país, que tomou posse na passada sexta-feira, a matança foi executada por um único militar, movido “por razões pessoais” que, eventualmente, utilizou metralhadoras militares. Os civis mortos, entre eles dois técnicos espanhóis de telecomunicações, ocasionalmente no país, estavam num aquartelamento onde estão instaladas diversas antenas e equipamentos que controlam o sistema de comunicações da ilha, onde está instalado o Governo da República.
Não se conhecem até agora quaisquer suspeitas que possam atribuir à ocorrência conotações políticas ou militares, nem tampouco ligadas a movimentações de narcotraficantes, como chegou a ser anunciado. O Governo prometeu um inquérito rigoroso, enquanto a polícia procura o suspeito autor deste múltiplo homicídio.