Os aeroportos do Galeão, no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte, passaram, desde ontem, dia 11 de Agosto, a ser administrados pelas concessionárias Rio Galeão e BH Airport, respectivamente. Até então, os terminais eram de responsabilidade da Infraero.
A estimativa é que o principal aeroporto do Rio de Janeiro receba, nos próximos 25 anos, cerca de 5,65 mil milhões de reais em melhorias. A previsão de investimentos para Confins é de 3,5 mil milhões por três décadas. Ambos foram leiloados em Novembro do ano passado.
O ministro-chefe da Aviação Civil, Moreira Franco, participou nas cerimónias que marcaram o início da nova gestão nos dois aeroportos durante o dia de ontem. Destacou a importância da política de concessão dos aeroportos para o desenvolvimento do Brasil. De acordo com o ministro, a experiência bem sucedida pode ser observada no bom desempenho em Guarulhos (São Paulo), Viracopos (Campinas/São Paulo), Brasília (Distrito Federal) e São Gonçalo do Amarante (Rio Grande do Norte).
“Chegou a hora de celebrar o sucesso desta política, que junta investimentos públicos e privados. E sendo respeitosa às regras, ela estimula as transformações e incentiva a concorrência”, destacou. “Quando temos o capital privado, podemos investir o orçamento público em outros setores, como na educação”, disse.
Galeão mais que triplica capacidade até 2038
Com os investimentos, o Aeroporto do Galeão/Rio de Janeiro deverá aumentar a capacidade de passageiros de 17,1 milhões para 60,4 milhões anuais em 2038. Já para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, que serão realizadas em 2016, o novo operador do Galeão entregará melhorias como 26 novas pontes de embarque, 26 posições de estacionamento para aeronaves, área de pátio (parque) para 73 aeronaves, novo estacionamento para 1.850 veículos.
De imediato, o aeroporto ganha melhorias em sinalização, atendimento nos balcões em português, inglês e espanhol, internet mais rápida, novas lojas de alimentação, implantação de cometa seletiva de resíduos, novos fraldários e novo caminhão contraincêndio. Além disso, foram contratadas novas empresas de limpeza e segurança.
Moreira Franco ressaltou que, apesar de o patamar do Galeão agora já ser superior ao observado em 2013, quando ocorreu o leilão da concessão, o nível de excelência dos serviços prestados ao passageiro tem que crescer ainda mais. “Nós estamos extremamente otimistas em relação ao futuro e, sobretudo, na realização das Olimpíadas de 2016″, completou.
Confins terá um novo termninal de passageiros
Dentre as melhorias previstas para os próximos 10 anos estão: construção de novo terminal de passageiros que duplicará a capacidade para 20 milhões de passageiros/ano; 14 novas pontes de embarque; mais balcões de check-in e esteiras de bagagens; 1.455 novas vagas de estacionamento para veículos; e nova área de embarque e desembarque internacional. Em 2043, o terminal terá capacidade para receber 43,3 milhões de passageiros por ano.
Embora a gestão da BH Aiport comece agora, a concessionária já realizou intervenções no terminal aéreo. Para a realização da Copa do Mundo, o aeroporto recebeu atualização e revitalização das sinalizações de informação ao usuário, melhorias na iluminação, troca de carpete, instalação de câmaras na torre de segurança, revisão dos sistemas de escadas rolantes, tapetes de entrega de bagagem e elevadores, entre outras melhorias.
Moreira Franco aconselhou o novo operador a primeiramente cuidar da limpeza dos banheiros e do preço da alimentação, as duas maiores reclamações dos usuários dos terminais aéreos, de acordo com pesquisa que é realizada pela Secretaria de Aviação Civil de três em três meses. “Nossa expectativa é ver o mais rápido possível uma mudança de postura em relação a isso, ver que os pontos críticos foram enfrentados e que estão prontos para bem resolver os outros desafios”, completou.