O ‘esgotado’ Aeroporto de Lisboa foi o que teve os crescimentos mais fortes na Europa, tanto em março como no conjunto do primeiro trimestre face aos períodos homólogos de 2019, pré-pandemia — informou o capítulo europeu da organização Airports Council Internacional/Conselho Internacional de Aeroportos (ACI na sigla em inglês).
O ACI, que diz representar mais de 500 aeroportos em 55 países e mais de 90% do tráfego comercial, indicou que em março o Aeroporto de Lisboa teve um aumento de passageiros face à pré-pandemia em 10,5%, quando o seu grupo, dos aeroportos com mais de 25 milhões de passageiros por ano, teve uma quebra média em 13,5%.
Para o conjunto do primeiro trimestre, que é época baixa na Europa, o ACI indica que o grupo dos aeroportos em que coloca Lisboa teve uma quebra média face a 2019 em 11,2%, enquanto Lisboa teve um aumento em 13,9%.
No trimestre, diz o ACI, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, teve 7,12 milhões de passageiros, que o colocaram como 11º maior aeroporto da Europa, a seguir a Roma Fiumicino, com 7,23 milhões, e à frente de Munique, um dos hubs do grupo Lufthansa, com 6,96 milhões.
Para o mês de março, o ACI também coloca Lisboa como 11º maior aeroporto europeu em número de passageiros, com 2,63 milhões, a seguir a Istambul Sabiha Gokcen, com 2,72 milhões, e à frente de Munique, com 2,57 milhões.
As variações face a 2019 evidenciam que não são ampliadas pelos termos de comparação com as quebras acentuadas que ocorreram em resultado da pandemia de covid-19 e a comparação com os restantes aeroportos da sua dimensão média evidencia que a relevância da sua evolução.
Os ‘grandes’ aeroportos com melhores desempenhos em Março face a 2019, depois de Lisboa (+10,5%) foram Istambul, com 5,4%, Palma de Maiorca, com +3,3%, Dublin, com +1,2%, e Atenas, com +1,1%.
No trimestre, depois de Lisboa, com +13,9%, cotaram-se Istambul, com +5,9%, Palma de Maiorca, com +2,4%, Atenas, com +2,3%, e Dublin, com +1,9%.
Porto e Madeira também alcançaram crescimento expressivo entre os aeroportos europeus
Os dados do ACI mostram que em março e no conjunto do primeiro trimestre, além de Lisboa também os aeroportos do Porto e da Madeira atingiram os topos de crescimentos dos aeroportos da sua dimensão face a 2019, pré-pandemia, o que permitiu a Portugal ter das melhores variações nesses períodos.
O ACI indicou um aumento médio de passageiros em Portugal em 14,1% no mês de Março face ao mês homólogo de 2019, pré-pandemia, quando, segundo os seus dados, os aeroportos europeus tiveram uma queda em 11,1%, com -11,4% nos aeroportos de países da União Europeia.
No primeiro trimestre, o ACI indica uma quebra nos aeroportos europeus face a 2019 em 10,6%, com -10,9% nos países da União Europeia, e para Portugal indica um aumento em 15,2%.
Para este período, além de Lisboa, líder de desempenho dos aeroportos com mais de 25 milhões de passageiros por ano, o ACI inclui nos seus rankings o Porto, com o 4º melhor desempenho dos aeroportos com mais de 10 milhões e menos de 25 milhões de passageiros por ano, com um aumento em 12,1%.
E além do Porto, o ACI também inclui a Madeira com o 3º aumento mais forte de passageiros dos aeroportos com menos de cinco milhões de passageiros por ano, com +43,5%.
No trimestre, o Porto surge com a quarta melhor variação do período entre os aeroportos do seu grupo (com mais de 10 milhões e menos de 25 milhões de passageiros por ano), com aumento em 12,1%, e a Madeira tem a terceira melhor do seu grupo (com menos de cinco milhões de passageiros por ano), com +43,5%.
O ACI indicou que, em março, o Porto foi o 39º maior aeroporto europeu, com 1,099 milhões; Faro foi o 70º, com 512,2 mil passageiros e aumento em 15,8% face a 2019; a Madeira foi 88º, com 381,6 mil passageiros e aumento em 43,6% face a 2019; Ponta Delgada foi 127º com 157,1 mil passageiros e aumento em 19,8% face a 2019; Horta foi 230º, com 18,3 mil passageiros e +22% que em 2019; Porto Santo foi 266º, com 10,4 mil passageiros e quebra de 3,5% face a 2019; Santa Maria foi 288º, com 7,7 mil passageiros e aumento em 9,9% face a 2019; Flores foi 323º com três mil passageiros e quebra em 15%; e Beja foi 379º com 21 passageiros.
- Texto publicado pelo portal de notícias de turismo e viagens ‘PressTUR’