Aeroportos portugueses podem paralisar por falta de combustível

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Os aeroportos portugueses poderão paralisar dentro de algumas horas se não for levantada a greve que está a afetar o transporte de combustíveis. Há um alerta da empresa concessionária dos aeroportos nacionais sobre a questão e o Governo Português já anunciou na manhã desta terça-feira, dia 16 de abril, que irá proceder à requisição civil dos profissionais em greve.

Os motoristas portugueses de matérias perigosas, em que estão incluídos os profissionais que dirigem os camiões cisterna de transporte de combustíveis, estão em greve desde a passada segunda-feira, dia 15 de abril. Fontes sindicais indicaram que a paralisação regista uma adesão total dos associados, e os camiões que partiram dirigiram-se apenas para hospitais e serviços de socorro e bombeiros, e forças de segurança.

De acordo com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), a paralisação é por tempo indeterminado e tem por objectivo exigir “o reconhecimento desta categoria profissional específica”. O sindicato impugnou juridicamente os serviços mínimos decretados pelo Governo da República, que, em princípio, não incluía o transporte para os reservatórios nos aeroportos para abastecimento de aviões.

A ANA Aeroportos de Portugal informou na manhã desta terça-feira, dia 16 de abril, que no Aeroporto de Faro já foram atingidas as reservas de emergência, estando o fornecimento de combustível suspenso, pelas empresas petrolíferas, desde ontem à noite.

No Aeroporto Humberto Delgado a interrupção de abastecimento de combustível, pelas empresas petrolíferas, verifica-se desde as 12h00 desta terça-feira.

Refere o comunicado da ANA Aeroportos de Portugal:

“Não tendo sido assegurados os serviços mínimos, e em função do tempo necessário para a requisição civil ter efeitos práticos, os nossos aeroportos podem ter disrupções de serviço ao nível operacional.

Estamos a acompanhar a situação em permanência.

Os passageiros com voos nos aeroportos de Lisboa e Faro devem informar-se junto das companhias aéreas.

A ANA, sendo totalmente alheia a esta situação, lamenta o transtorno causado aos passageiros e espera que a situação seja resolvida com a máxima urgência pelas autoridades competentes.”

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