O Presidente da República da África do Sul anunciou a retoma dos voos internacionais para todos os países, de forma a ajudar a economia em recessão a enfrentar uma possível segunda vaga do novo coronavírus, que já causou mais de 20.000 mortos no país.
“Todos os voos internacionais serão agora permitidos de acordo com os protocolos de contenção da pandemia e da apresentação de um certificado negativo da covid-19”, disse na quarta-feira, dia 11 de novembro, Cyril Ramaphosa, numa declaração à nação pela televisão sobre os esforços do Governo sul-africano no combate à pandemia.
“Ao usarmos testes rápidos e estritas medidas de observação, visamos limitar a propagação da infeção através da sua importação”, afirmou o Presidente da República sul-africana.
O chefe de Estado adiantou que a decisão visa “assistir as empresas sul-africanas, nomeadamente no setor da hotelaria e turismo”, salientando que o Governo decidiu também normalizar o horário de funcionamento do comércio de bebidas alcoólicas.
“A África do Sul enfrentou o que esperamos ter sido a pior tempestade, no pico da pandemia, em julho, em registámos cerca de 12.000 novas infeções por dia”, frisou Ramaphosa, acrescentando que “há mais de dois meses que o número de novas infeções permanece relativamente estável abaixo das 2.000 por dia”.
Até à data, a África do Sul regista 742.394 casos positivos de infeção e 20.011 mortos, segundo o Presidente, advertindo que “as infeções estabilizaram no país, mas podem aumentar rapidamente”.
No que respeita à aviação comercial e aos voos para e do exterior do seu território nacional, a República da África do Sul está presentemente dependente de companhias aéreas internacionais, pois a SAA – South African Airways, companhia de bandeira, está parada, afogada numa dívida gigantesca, e, praticamente, sem aviões para retomar os seus voos. Foi concedido à companhia mais um subsídio governamental e diversas entidades públicas e do Estado estão a trabalhar na engenharia financeira para recuperar da empresa que tarda a apresentar o seu plano de reestruturação. Trata-se de uma situação que se arrasta ao longo dos últimos dois anos e que se agravou, de forma decisiva, com a pandemia de covid-19.
Neste momento várias empresas estrangeiras já retomaram os voos para a África do Sul, nomeadamente as denominadas companhias globais. Outras nacionais, sobretudo da Europa e da Ásia, também já reiniciaram as operações regulares, se bem que sujeitas a restrições e à observância dos protocolos sanitários e de controlo médico impostos pelas autoridades sul-africanas, procedimentos que já tinham sido adoptados nas várias companhias aéreas internacionais.