A Air Canada vai anunciar no próximo dia 7 de junho a demissão de mais de metade dos seus cerca de 38.000 trabalhadores, devido à pandemia de covid-19, que reduziu drasticamente a procura pelos voos comerciais no País.
As baixas perspectivas de reservas e vendas de bilhetes, e consequentemente de ocupação dos seus aviões, leva a companhia a estabelecer um programa de resgate da empresa que afetará pelo menos 19.000 funcionários e pode atingir os 22.800, na pior das hipóteses. A Air Canada tem, presentemente, 225 aviões estacionados, estando a trabalhar com apenas cerca de cinco por cento da frota.
“Tomámos a decisão extremamente difícil de reduzir significativamente a nossa operação para nos alinhar nas previsões, o que lamentavelmente significa reduzir a nossa força de trabalho de 50 a 60%”, comunicou a Air Canada aos seus trabalhadores, num email que seguiu para todos na noite desta sexta-feira, dia 15 de maio. E acrescenta: “Estimamos que cerca de 20.000 pessoas serão afetadas”.
Para minimizar o número de demissões, a Air Canada vai pedir aos tripulantes de cabina que reduzam, voluntariamente, os seus horários, peçam uma licença sem salário por até dois anos ou se demitam continuando a usufruir de privilégios de viagens na rede da companhia.
Na próxima semana irão prosseguir negociações com os sindicatos e com o Governo do Canadá. O presidente executivo da Air Canada, Calin Rovinescu, disse na semana passada que a recuperação do tráfego no País será lenta, com pelo menos três anos de ganhos abaixo da média, não obstante o aumento de tráfego que é esperado até final deste ano, no período após a eclosão do primeiro surto da pandemia.