A Air France suspendeu as operações de e para a Venezuela, informou na quinta-feira, dia 24 de setembro, o presidente do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC).
“A pedido da companhia Air France, recebi hoje [quinta-feira] os representantes da companhia aérea, que apresentaram e avaliaram a sua situação mundial, decorrente da pandemia que atualmente assola a humanidade (…). A Air France vê-se no doloroso dever de suspender temporariamente as operações regulares de e para o nosso país”, disse Juan Teixeira na rede social ‘Twitter’.
Na mesma plataforma, o responsável informou que a companhia aérea “manifestou a sua firme intenção de continuar” a operar na Venezuela, mas sem indicar por quanto tempo a Air France manterá suas operações suspensas no país.
A saída temporária da Air France limita ainda mais a oferta de voos na Venezuela.
O vice-presidente para as Américas da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Peter Cerdá, disse em setembro do ano passado que em 2013 eram 28 as companhias aéreas a operar na Venezuela, mas que o número caiu para menos de dez antes de a pandemia de covid-19 obrigar ao fecho de aeroportos.
A Venezuela também tem uma dívida de cerca de quatro mil milhões de dólares (3,43 mil milhões de euros) para com as companhias aéreas, referiu Cerdá na ocasião.
Esta dívida resulta do controlo cambial que foi implementado naquele país em 2003.
Entre as empresas que decidiram sair do mercado venezuelano estão a Aerolíneas Argentinas, United Airlines, Air Canada, Lufthansa, Alitalia, LATAM Airlines, Tiara Air, GOL Linhas Aéreas, Delta Air Lines, Avianca e Aeroméxico.
A companhia aérea de bandeira venezuelana, Conviasa, enfrenta sanções dos Estados Unidos e viu diminuída a sua margem de ação na região, já que as medidas impedem cidadãos e empresas ligadas aos Estados Unidos da América de fazer negócios com a empresa, como a venda de peças ou combustível.
A TAP Air Portugal anunciou há poucas semanas que retomará os voos regulares entre Lisboa e Caracas no próximo dia 15 de dezembro.