A Air Namibia está disponível para aceitar uma aliança com uma companhia internacional forte, que possa ajudá-la a crescer mais e desenvolver-se como companhia de bandeira deste país do Sudoeste Africano, anunciou o administrador executivo da empresa, Rene Gsponer, em entrevista à agência de notícias financeiras ‘Bloomberg’, em Joanesburgo.
A empresa passou por uma reestruturação profunda, tendo sido retiradas diversas rotas que só davam prejuízo e a sua frota foi dimensionada para cumprir as rotas mais adequadas, de acordo com o tráfego existente no país e aquele que possa gerar visitantes para a Namíbia, cujo sector turístico tem se desenvolvido bastante nesta última década.
Segundo Rene Gsponer, que lidera um grupo de estrangeiros convidados pelo Governo da Namíbia para recuperar a companhia aérea estatal, a Air Namibia deve conseguir este ano o ‘break-even’ da sua operação, o que é relevante para uma companhia que acumulava prejuízos e que em cada ano dilatava o seu enorme défice. Neste ano de 2014 a perspectiva é ainda de prejuízos, mas o certo é que há uma melhoria extraordinária com um corte de cerca de 30% nos custos de funcionamento da empresa, por exemplo.
Hoje a companhia namibiana tem uma frota de 10 aviões para as linhas nacionais e internacionais, dos quais dois Airbus A330-200 e quatro Airbus A319. É para o longo curso que a Air Namibia procura um aliado.
Além de um acordo de ‘code share’ com a Kenya Airways, a terceira maior companhia aérea da África sub-saariana, e de uma parceria técnica com a Lufthansa, segunda maior companhia europeia, a companhia namibiana já conseguiu assinar uma outra parceria com a Turkish Airlines. Alguns analistas na África Austral são da opinião que a companhia turca poderá vir a ser o aliado que a Air Namibia procura, pois a Turkish tem procurado lançar algumas ‘lanças em África’, em países que, estrategicamente, poderão contribuir para o seu crescimento, alimentando o ‘hub’ de Istambul, nas rotas para o Médio Oriente e para a Ásia e Austrália.
A Air Namíbia tem voos directos para Frankfurt, na Alemanha, país europeu com quem mantém excelentes relações, vindas do tempo em que o território do Sudoeste Africano era uma colónia germânica. Na África a companhia tem voos regulares para a África do Sul, Angola, Zâmbia e Zimbabué.