A companhia aérea africana Air Namibia recuperou o seu certificado de operador aéreo, confirmou a autoridade nacional de aviação civil (DCA – Namibian Directorate of Civil Aviation).
No mês passado os responsáveis da companhia tinham demitido diversos dirigentes, depois de vários episódios desagradáveis verificados na gestão operacional da empresa que levaram à perda do certificado aéreo.
A companhia de bandeira da Namíbia, país da África Austral que tem fronteiras com quatro nações entre as quais Angola, distribuiu uma comunicação à imprensa, no final do mês passado, em Windhoek, capital do país, em que anunciava a contratação de uma equipa de técnicos estrangeiros competentes, que “no seu conjunto somam mais de 100 anos de experiência acumulada na aviação comercial”, em grandes companhias aéreas mundiais.
A equipa é liderada pelo suíço René Gsponer no lugar de director-geral, estando as posições de chefia todas asseguradas por estrangeiros que terão por missão trabalhar na total reestruturação da companhia de acordo com padrões IATA de segurança e eficiência.
A Air Namíbia tem actualmente uma frota constituída por dois aviões Airbus A330-200 (244 lugares cada), quatro Airbus A319 (112 assentos cada) e quatro Embraer ERJ135 (37 passageiros). Voa entre seis aeroportos no interior da Namíbia e assegura ligações para outros países africanos: África do Sul, Angola, Botswana, Gana, Zâmbia e Zimbabué. A única rota intercontinental é com destino a Frankfurt, na Alemanha, para onde a companhia tem um voo diário.
A Namíbia, antigo território do Sueste Africano, estava integrada na União Sul-Africana (antiga designação oficial da República da África do Sul) desde 1920, depois de ter sido protectorado e colónia do Império Alemão. Independente desde Março de 1990, o país manteve contudo excelentes relações com a Alemanha. A língua oficial é o inglês, mas o alemão é ainda falado sobretudo nas cidades principais. Daí não surpreenda que nos primeiros anos da independência a companhia aérea nacional tivesse contado com o apoio operacional e técnico da Lufthansa.
A Namíbia é um dos três novos países (junto com a Turquia e a Georgia) que, nesta semana, pediram à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) o estatuto de observadores, o que será discutido na 10.ª cimeira de Chefes de Estado e Primeiros-Ministros que terá lugar no dia 23 de Julho, na cidade de Díli, República Democrática de Timor-Leste.
A fronteira Norte da Namíbia encosta literalmente no Sul de Angola, Estima-se que cerca de 10 por cento da população namibiana se expresse oficialmente em português, se bem que haja uma variedade de dialectos em toda essa zona, resultante da deslocação para sul e em direcção ao litoral de diversos povos autóctones africanos.