A ‘Airbus SAS’, uma subsidiaria da Airbus SE, com sede em Amsterdão, a ‘Bombardier Incorporated’ e a empresa pública ‘Investissement Québec’ são desde o domingo, dia 1 de julho, os sócios da parceria ‘C Series Aircraft Limited Partnership’ (CSALP), responsável pelo programa de concepção, fabrico e comercialização dos aviões a jato regionais ‘C Series 100 e 300’, que surgiram no mercado da aviação comercial por iniciativa da construtora aeronáutica Bombardier, do Canadá.
A empresa, agora legalmente constituída com novos parceiros, após nove meses de negociações, é controlada pela Airbus (50,01%), tendo as restantes partes 33,99% (Bombardier) e 16% (Investissement Québec).
A nova parceria coloca os CS100 (até 120 lugares) e CS300 (até 140 assentos) no catálogo da Airbus, que passa agora a controlar todo o processo de fabrico e comercialização destes aviões de corredor único que se têm revelado um grande sucesso na aviação comercial regional, não só pelas suas caraterísticas, como também pelos seus custos de produção e de operação.
A sede e toda a linha de produção da CSALP continuará instalada em Mirabel, na província do Quebeque, onde presentemente trabalham 2.200 pessoas no programa. Está prevista a criação de uma segunda linha de montagem nos Estados Unidos da América, em Mobile, no Estado do Alabama, onde a Airbus já tem a sua linha de montagem para aviões da gama A320 destinados a companhias americanas.
Expressiva redução de custos de produção e operação
O objetivo desta parceria, negociada desde há algum tempo pela Airbus e pela Bombardier, é reduzir os custos de produção, tornando ainda mais competitiva no mercado global a gama dos CSeries, além de eventuais benefícios de escala na produção dos Airbus, já que muitos dos componentes são fornecidos por grandes empresas que estão nos dois programas de aviões de médio curso. Um dos efeitos imediatos desta parceria, referem analistas internacionais, é uma eventual baixa no preço de aquisição dos motores Pratt & Whitney Pure Power PW1000G e PW1500G que equipam os CSeries. A United Technologies que é dona da Pratt & Whitney, também adquiriu em setembro do ano passado a Rockwell Collins, que fornece muitos dos equipamentos para os cockpits dos CSeries. Há sinergias que serão certamente muito bem aproveitadas pelos negociadores europeus, com benefícios mútuos nos dois lados do Atlântico.
O negócio agora fechado prevê que a Airbus possa se tornar em 2025 dona absoluta do Programa CSeries. Está em aberto a possibilidade da Airbus comprar em 2023 a posição do Governo do Quebeque, através da empresa pública que tutela 16% do capital da CSALP. No contrato há ainda outra cláusula que prevê a compra, a favor da construtora aeronáutica europeia, da posição da Bombardier em 2025. A acreditar no sucesso do programa CSeries e na sua integração no portfólio da Airbus com outra designação na mesma linha do atuais aviões europeus de corredor único, permitirá uma presença preocupante para a Boeing no mercado americano.
Aeronaves mais eficientes do mercado no segmento regional
As aeronaves da Série C são as mais eficiente nos céus adentro da sua classe, com um baixo custo por viagem, bem como os níveis mais baixos de ruído de qualquer jato comercial em produção. Isso torna a aeronave da Série C ideal para operações urbanas e aeroportos sensíveis ao ruído.
As aeronaves da Série C são projetadas para proporcionar a sensação de um jato de fuselagem larga em uma aeronave de corredor único. A cabine oferece espaço onde é mais importante, levando a uma experiência de passageiros inigualável.
As caixas suspensas, com a maior capacidade de arrumação da sua classe, são facilmente acessíveis. As janelas, extra grandes e abundantes com mais de uma em cada fileira, estão posicionadas no alto da parede lateral da cabina para fornecer um ângulo de visão ideal e uma abundância de luz natural. Assentos largos – 18 polegadas ou mais – proporcionam espaço pessoal sem compromisso, e os motores recém-projetados contribuem para a cabina mais silenciosa da classe C Series.