O nível de alerta da Organização Internacional da Aviação Civil (ICAO) em relação a Cabo Verde baixou de laranja para amarelo. Esta decisão do organismo internacional agradou ao presidente do Conselho de Administração da Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) Mário Paixão que garante que a FIR oceânica [Região de Informação de Voo do Sal] vai retomar a sua actividade normal, anuncia esta manhã o jornal online cabo-verdiano ‘A Semana’.
“Com uma baixa de intensidade de eventos eruptivos as cartas já não mostram contaminações significativas de cinzas vulcânicas. Portanto, houve uma reversão de nível de laranja para amarelo e o centro de Toulouse já nos avisou que vai deixar de produzir notificações sobre o vulcão do Fogo,” explica Mário Paixão, para quem, apesar de não emitir os boletins, a ICAO continuará a monitorar a área.
Sendo assim, o presidente do Conselho de Administração da Empresa de Aeroportos e Segurança Aérea avança que a FIR oceânica do Sal voltará à sua actividade normal.” Em decorrência disso, a ASA vai emitir uma nota à aeronáutica falando sobre o redireccionamento de rotas. Isto quer dizer que voltamos à plena normalidade no que toca aos procedimentos de controlo de tráfego aéreo na nossa região”, conclui Mário Paixão.
A FIR (região de informação de voo) é um espaço aéreo delimitado verticalmente desde o chão ou nível médio do mar até ao ilimitado e lateralmente pelas FIR’s de Dakar, Canárias e Santa Maria dos Açores.
A localização estratégica da FIR do Sal coloca-a na encruzilhada dos maiores fluxos de tráfego aéreo entre Europa e a América do Sul e entre a Africa Ocidental e a América do Norte e Central e as Caraíbas. Presentemente seis rotas ATS estão inseridas na FIR do Sal onde operam actualmente, cerca de 43.000 aeronaves anualmente (crescimento médio de cerca de 10% superior aos 7,5% anuais previstos pala IATA nos próximos 15 anos), indica a ASA na sua página na Internet.