A companhia italiana Alitalia já comunicou ao mercado que retomará os voos entre Roma/Fiumicino e Caracas/Maiquetía no próximo dia 4 de Setembro. A informação confirma declarações do ministro venezuelano dos Transportes, mas não nas datas que tinha referido na sua conta do Twitter.
Os voos continuarão a ser feitos em aviões Airbus A330-200, com duas frequências semanais. A partir de 26 de Outubro a companhia italiana colocará três voos por semana, com partidas de Roma às terças, quintas e domingos. O horário prevê saídas da capital italiana pelas 10h30 com chegada a Caracas às 14h55. No regresso a partida do Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, será pelas 19h55 com aterragem em Fiumicino no dia seguinte pelas 12h30. Os horários estão apresentados nos fusos locais.
Recorde-se que a Alitalia abandonou os voos para Venezuela no dia 2 de Julho passado (vide nossa notícia), em plena crise financeira na companhia italiana – antes da Ethiad ter entrado no seu capital – e numa situação de ruptura com o Governo Bolivariano face aos grandes atrasos na repatriação das receitas das passagens vendidas no país, nomeadamente para emigrantes oriundos de Itália, país europeu que tem a maior colónia estrangeira em Venezuela. Mais tarde, fontes do governo de Nicolás Maduro desvalorizaram o gesto da companhia italiana, dizendo que foi obrigada a suspender a linha, que tinha um voo diário, devido ao tráfego que registava para o Brasil por ocasião da Copa do Mundo.
A Alitalia está de volta a Caracas, depois de uma interrupção de três meses que se seguiu a 60 anos de serviço ininterrupto. Círculos ligados à companhia garantem que há acordo, conseguido depois de uma reunião, neste mês de Agosto, em Venezuela com ministros locais, em que esteve também presente o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do governo de Roma e o administrador da Alitalia responsável pelo pelouro das Finanças. Um acordo que, contudo, não inspirará muita confiança ou garantia à Alitalia quanto ao repatriamento de divisas. “Caso contrário, seriam retomadas as frequências diárias, porque passageiros não faltam”, comentou ao ‘NewsAvia’ um agente de viagens português estabelecido em Caracas há algumas décadas.