A American Airlines anunciou nesta quinta-feira, dia 28 de março, a suspensão por tempo indeterminado dos seus voos de e para a Venezuela (Caracas e Maracaibo), devido aos riscos de segurança provocados pela crise institucional no país, uma medida que já tinha levado à interrupção dos três voos diários da companhia norte-americana no passado dia 15 de março.
“A American Airlines tomou a difícil decisão de suspender indefinidamente o seu serviço na Venezuela”, disse um porta-voz da transportadora aérea norte-americana.
A companhia já tinha anunciado a suspensão dos seus serviços para a Venezuela entre 15 de março e 1 de abril, referindo que devido às condições de segurança na Venezuela não era possível continuar a realizar as ligações.
Antes desta suspensão, a American Airlines operava três voos diários de Miami, no Estado da Flórida, para a Venezuela, dois para Caracas e um para Maracaibo. O grupo, que opera no país há 30 anos, disse que tem como objetivo “restaurar o serviço quando as condições permitirem”.
Numa nota distribuída pela base da companhia em Miami (ver imagem com cópia do texto em inglês) a companhia diz que tem uma equipa de 70 colaboradores em Venezuela que irá acompanhar nesta fase difícil das suas vidas, ajudando a procurar as melhores saídas para a sua vida profissional.
A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor e presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, se autoproclamou presidente interino e declarou que assumia os poderes executivos de Nicolás Maduro.
Cerca de 50 países, incluindo a maioria dos países da União Europeia, reconheceram Guaidó como presidente interino da Venezuela encarregado de organizar eleições livres e transparentes naquele país.
Na Venezuela, a confrontação entre as duas fações tem tido repercussões políticas, económicas e humanitárias.
Na Venezuela residiam no início de 2018 cerca de 300.000 portugueses ou luso-descendentes, segundo fontes consulares.