A ANA Aeroportos de Portugal, empresa do Grupo Vinci Airports, vai apresentar resultados negativos no ano de 2020, com uma perda de cerca de 600 milhões de euros de receitas, o que acontece pela primeira vez desde a sua privatização em 2013, adiantou nesta terça-feira, dia 20 de abril, Thierry Ligonnière, presidente da Comissão Executiva da empresa concessionários dos 10 principais aeroportos portugueses.
“Pela primeira vez, em 2020 a ANA vai apresentar resultados negativos. A ANA perdeu, durante o ano de 2020, cerca de 600 milhões de euros em receitas”, disse Thierry Ligonnière, que foi ouvido nesta terça-feira pela comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, sobre a construção do Aeroporto Complementar de Lisboa na Base Aérea n.º 6, no Montijo.
Ainda assim, sublinhou o responsável, no ano passado, em plena crise provocada pela pandemia de covid-19, a ANA investiu cerca de 76 milhões de euros na sua rede de aeroportos, nomeadamente em melhorias operacionais no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, e no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto.
Para o responsável, os resultados positivos obtidos nos anos anteriores deixaram a gestora de aeroportos numa situação favorável para suportar os efeitos da crise na aviação, um dos setores mais afetados pelas restrições à mobilidade, para conter a pandemia.
Em 2012, o Governo Português aprovou a venda da ANA – Aeroportos de Portugal, que era detida maioritariamente pelo Estado, ao grupo francês Vinci, negócio que ficou concluído em 2013.
O grupo Vinci gere 52 aeroportos em todo o mundo.