ANAC Portugal atribui atrasos nos aeroportos à “falta de recursos humanos”

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A presidente da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) de Portugal, Tânia Cardoso Simões [na imagem de abertura], disse nesta terça-feira, dia 14 de junho, que os constrangimentos que se têm verificado nos aeroportos, sobretudo em Lisboa, têm como razão principal a “falta de recursos humanos”.

Numa audição, na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação da Assembleia da República, a presidente da entidade reguladora da aviação civil portuguesa, abordou os “constrangimentos de curtíssimo prazo” que estão a afetar o funcionamento dos aeroportos, tendo em conta o aumento do tráfego aéreo, mais cedo do que era esperado.

“A maior dificuldade para este Verão é de facto a falta de recursos humanos e gostava de sublinhar que é uma situação absolutamente comum a toda a Europa”, referiu, destacando que os atrasos começam no centro da Europa e que vão “em bola de neve” até aos países periféricos.

Tânia Cardoso Simões destacou ainda que a ANAC está a falar com o Governo e outras entidades públicas para encontrar solução, sublinhando que é essencial tomar a decisão sobre o novo aeroporto de Lisboa. “Nos próximos cinco anos temos de viver com a capacidade que temos, com soluções pontuais para se conseguir evitar atrasos”, realçou.

 

Também faltam profissionais nos quadros da ANAC – 17 lugares em aberto

A presidente da ANAC destacou ainda que a entidade também está a braços com falta de pessoal. “Neste momento temos sete concursos para 13 lugares e pedimos para nos aceitarem um reforço de quatro pessoas, que ainda são incorporáveis no orçamento atual que temos”, salientou, indicando que ainda assim estes reforços “não chegam”.

“As pessoas têm de se multiplicar. Temos uma força fantástica, mas isto não é eterno”, salientou.

Quanto a questões levantadas pela falta de técnicos de manutenção de aeronaves, a presidente da ANAC disse que não tinha “conhecimento de que haja problemas ao nível da manutenção de aeronaves de operadores nacionais”, destacando que mesmo as entidades que fazem outsourcing são obrigadas a apertados requisitos de segurança. “Não vou dizer que não temos nós próprios falta de técnicos”, reconheceu, mas garantiu que “as equipas põem a segurança em primeiro lugar”.

 

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