A República de Angola vai adquirir três aviões de patrulha Airbus C-295, para assegurar as missões de observação e vigilância do espaço marítimo e da Zona Económica Exclusiva (ZEE), com vista a garantir a soberania nacional, anunciou na tarde desta quarta-feira, dia 7 de março, a agência de notícias ‘Angop’.
O Presidente da República, João Lourenço, autorizou, com base num Despacho Presidencial de 2 de Março, a celebração do contrato no valor de 159 milhões e 900 mil euros, entre a empresa ‘Airbus Defence & Space’ e a empresa pública angolana Simportex, E.P.
De acordo com o despacho, a que a ‘Angop’ teve acesso, a implementação deste projeto de aquisição de aeronaves, denominado ‘Kalunga’ visa dotar a Marinha de Guerra de Angola com meios necessários para a protecção dos referidos espaços.
O ministro das Finanças foi autorizado a negociar o financiamento com o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e incluir o referido contrato no Programa de Investimentos Públicos (PIP).
A Força Aérea Portuguesa (FAP) tem uma esquadra de aviões C-295M, iguais aos que as Forças Armadas de Angola pretendem adquiri para a vigilância do seu espaço marítimo. A Esquadra 502 (‘Elefantes’) tem 12 aviões de transporte C-295M, estando cinco preparados e equipados para vigilância marítima. Segundo o descritivo que é feito pela FAP trata-se de um avião de construção metálica, de asa alta, com um grupo propulsor constituído por dois turbo-prop, fuselagem e cabina de voo pressurizadas e trem de aterragem retrátil. O C-295M foi desenhado e construído com a finalidade de transporte militar de médio e curto alcance, com a parte traseira da fuselagem equipada com uma rampa/porta hidráulica que proporciona uma diversa variedade de missões, tal como o transporte de tropas e carga, evacuações médicas, vigilância e lançamento de cargas. O C-295M é certificado para operações em quaisquer condições meteorológicas, em condições de regras de voo visual (VFR) e em regras de voo por instrumentos (IFR).
- Fotos © FAP Força Aérea Portuguesa
Agora é que Angola acorda? Há quantos anos os barcos-fábrica russos e cubanos limparam a costa angolana? Em 1981, estive a fazer manutenção aos B707 da TAAG e andava ao largo da baía do Kuanza um barco-fábrica russo a limpar a costa angolana. Os cubanos apanhavam o camarão em Angola, depois entrava ‘made in Cuba’.