Os valores reclamados pelas companhias aéreas internacionais ao Governo de Angola ficarão completamente regularizados durante o corrente mês de Julho, disse sexta-feira, dia 29 de junho, em Luanda, o governador do Banco Nacional de Angola, José de Lima Massano, que situou em menos de 100 milhões de dólares a dívida, contra 540 milhões de dólares no início do corrente ano.
O montante retido em Angola por impossibilidade de obter divisas estrangeiras tinha-se reduzido mais de 100 milhões de dólares para 386 milhões de dólares em Junho, mas Angola era ainda o segundo país com mais receitas retidas, depois da Venezuela, com 3,78 mil milhões de dólares, de acordo com declarações proferidas em Luanda pelo presidente da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), Alexandre de Juniac.
Em causa estão fundos das companhias com origem na venda de passagens aéreas que depois não conseguem repatriar, no caso de Angola devido à forte crise económica, financeira e cambial que o país atravessa desde finais de 2014.
A situação levou Angola a acumular uma dívida, em fundos bloqueados – depositados em moeda angolana nos bancos nacionais e que aguardam autorização para repatriamento – até um “pico” de mais de 500 milhões de dólares, conforme reconheceu a IATA.
O governador do Banco Nacional de Angola, que discursava na sessão de encerramento do VIII Fórum Banca, promovido pelo semanário angolano ‘Expansão’, informou igualmente que até ao final de 2017 o país tinha cerca de 3.000 milhões de dólares em transferências cambiais em atraso.
- Na imagem de abertura vemos um Airbus A330-200 da Air France no Aeroporto Internacional de Luanda – Foto © Tony Mangueira Fernandes
- Notícia distribuída pelo site de informação económica ‘Macauhub’