Angola, um dos países onde as companhias de aviação têm mais fundos que não conseguem repatriar, reduziu no ano passado em 120 milhões de dólares a sua dívida, segundo indicou a Associação Internacional de Companhias Aéreas, conhecida internacionalmente pela sigla IATA, que considerou estar perante uma evolução encorajadora.
A IATA estima em 4.900 milhões de dólares o total de fundos das companhias aéreas retidos em diversos países, o principal dos quais a Venezuela, com 77% do total, no montante de 3.780 milhões de dólares, e sem perspectivas de resolução do problema.
A questão normalmente prende-se com vendas nesses países problemáticos que as companhias não conseguem depois repatriar, ou só o podem fazer sofrendo grandes perdas com câmbios totalmente fora do mercado.
Depois da Venezuela, onde uma das companhias afectadas é a TAP, surge Angola, onde também a companhia portuguesa é uma das penalizadas, com um montante total, segundo a IATA, de 386 milhões de dólares.
Anteriormente o segundo país com mais fundos de companhias aéreas retidos era a Nigéria, que entretanto permitiu a recuperação dos 600 milhões que tinha retidos.
O Top5 dos países com mais fundos retidos inclui depois o Sudão, com 170 milhões de dólares, o Bangladesh, com 95 milhões, e o Zimbabué, com 76 milhões.