O governo de Angola admitiu a participação de capital privado na transportadora aérea TAAG – Linhas Aéreas de Angola devido às atuais dificuldades financeiras, disse o presidente da Comissão Executiva da companhia.
“Quando se fala na privatização da companhia, deve-se ter em conta que o Estado angolano já não tem a pujança que tinha em anos anteriores, em que era capaz de financiar as suas empresas de uma forma mais folgada”, disse Rui Carreira em entrevista concedida à agência noticiosa ‘Angop’.
O presidente executivo da TAAG adiantou que o investidor privado preenche a incapacidade financeira do Estado, entrando com capital que permitirá ultrapassar a situação financeira e operacional da companhia, “tornando-a rentável”.
Rui Carreira informou que até à data esteve a ser preparado o pacote institucional e legal, através dos decretos que autorizam e definem os parâmetros da privatização e a transformação da TAAG de empresa pública em sociedade anónima.
O processo de privatização abrange 49% das ações representativas do capital social, uma vez que o Estado manterá 51%, sendo que dos títulos a alienar 10% estão reservados aos trabalhadores do sector dos transportes e os restantes 39% disponíveis para comercialização no mercado.
Rui Carreira esclareceu, por outro lado, que as entidades nacionais ou estrangeiras interessadas em adquirir ações da TAAG estarão limitadas à compra de um máximo de 10% dos 39% colocados no mercado.