O governo argentino anunciou que está a estudar a fusão das duas companhias aéreas de capital público, a Aerolíneas Argentinas e a Austral Lineas Aéreas, devido ao impacto da pandemia da covid-19. As duas empresas são complementares, atuando a primeira nos voos para fora do País e a segunda nas rotas domésticas e para países fronteiriços.
“As empresas que não se adaptam às necessidades de seu tempo desaparecem”, alerta Pablo Ceriani, presidente do grupo de aviação comercial estatal, numa carta enviada aos seus trabalhadores.
O governo, dono das duas companhias aéreas, pretende beneficiar de sinergias e reduzir as despesas gerais, em parte utilizando uma instalação de manutenção comum e juntando pilotos e tripulação de cabina numa mesma estrutura e lógica empresarial.
A fusão permitirá a criação de novas unidades de negócios em manutenção e para transporte de carga, ampliando ainda mais as oportunidades para a empresa.
O processo está agora a dar os primeiros passos e deverá estar concluído até final do corrente ano, diz a comunicação do presidente executivo do grupo.
A Aerolíneas Argentinas é a maior companhia aérea da Argentina e tem uma frota corrente de cerca de 80 aviões. Foi privatizada em 1990 e depois nacionalizada em 2008, situação que mantém presentemente. Nos últimos anos tem passado por diversas dificuldades dada a abertura do mercado de transporte aéreo no País que levou ao aparecimento de novas companhias concorrentes, nomeadamente no segmento do baixo custo. Uma situação que será certamente alterada com a retoma do mercado e o desaparecimento de algumas dessas empresas.