Assistentes de bordo estão mais expostos a doenças oncológicas

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Escola de Aeronáutica - ISEC Lisboa


 

Os tripulantes de aviões, nomeadamente os assistentes ou comissários de bordo, têm maior probabilidade de desenvolver doenças oncológicas em comparação com outros profissionais, afirma um estudo da ‘Harvard School of Public Healt’, de Boston, nos Estados Unidos da América.

Um artigo publicado na revista ‘Environmental Health’ aponta como principais causas a exposição à radiação e o jet lag constante a que este grupo de profissionais está sujeito, dada a natureza do seu trabalho, e analisa a relação entre o tempo de serviço e a taxa de diagnósticos.

Para realizar o estudo foram comparados dados de 5.300 assistentes de bordo, baseados nos EUA, com dados de 3.000 adultos com características socioeconómicas semelhantes. As amostras foram recolhidas pelo ‘Harvard Flight Attendant Health Study’ e o ‘National Health and Nutrition Examination Survey’ (NHANES).

Os resultados demostraram que, entre os assistentes de bordo, as mulheres tinham um risco de mais 50 % para desenvolver cancro da mama que outras mulheres; além disso, em homens e mulheres que partilham desta profissão, as taxas de melanoma seriam 10% maiores.  As outras doenças oncológicas relacionadas com o pessoal de cabina incluem problemas de tiroide, cervical, colo do útero e sistema gastrointestinal.

Segundo o estudo, as possíveis razões pelas quais os assistentes de bordo têm uma maior probabilidade de desenvolver este tipo de doenças prende-se com o facto de estarem realmente expostos a alguns carcinógenos conhecidos, como uma maior dose de radiação ionizante cósmica por causa das condições de altitude de voo e a interrupção do ritmo circadiano devido ao trabalho noturno e aos horários irregulares. São, ainda, apontados como grupos de risco, os pilotos e os passageiros frequentes, em razão de circunstâncias semelhantes.

Estima-se que é de cerca de mais 15% a probabilidade de um tripulante de cabina vir a receber, ao longo de sua vida, um diagnóstico de cancro, em comparação com outro americano médio, da mesma faixa etária.

O facto mais curioso é que o grupo testado tinha todas as indicações de ser um grupo saudável, havendo baixos índices de tabagismo e obesidade, até então, associados aos fatores de risco de desenvolvimento da doença.




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