Um avião comercial sueco esteve prestes a colidir com um aparelho militar russo, na sexta-feira passada, dia 12 de Dezembro, no Sudeste da Suécia, anunciaram hoje as autoridades suecas, que já fizeram questão de manifestar o seu desagrado à Rússia. Os responsáveis militares de Moscovo não desmentiram a ocorrência, mas minimizaram o seu perigo, dizendo que os dois aviões quando se encontraram estavam separados por uma distância considerável e de segurança absoluta.
As relações entre a Rússia e diversos países ocidentais têm se deteriorado nos últimos meses, devido ao conflito bélico com a Ucrânia que resultou na anexação da Crimeia. Muitos desses estados têm colocado em alerta o seu sistema de informações e prontidão militares prevendo uma generalização do conflito aos países fronteiriços.
Na sexta-feira os pilotos do voo SK1755 feito por um avião da Cimber, que partira de Copenhaga, na Dinamarca, para Poznan, na Polónia, foram alertados pelos serviços de controlo aéreo da Suécia de que estavam prestes a colidir com um avião militar de bandeira russa que viajava no mesmo corredor aéreo e com o ‘transponder’ desligado. Tomadas rápidas providências e a decisão correta tudo acabou bem.
O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, General Major Igor Konashenko, disse hoje, domingo, à agência noticiosa russa TASS que o avião militar russo cumpriu todos os procedimentos, de acordo com a legislação internacional, pelo que estava surpreendido com as reclamações do Governo de Estocolmo.
Não é a primeira vez nestas últimas semanas que aviões comerciais se deparam com aparelhos militares russos nos céus da Europa, com a agravante de viajarem com os ‘transponders’ desligados, diapositivo que, ao estar inactivo, torna esses aviões invisíveis ao tráfego comercial.