O Ministério da Defesa do Egito revelou neste sábado, dia 21 de maio, através de um vídeo colocado no canal YouTube diversos destroços que faziam parte do avião Airbus A320 da EgyptAir que se despenhou na quinta-feira, dia 19 de maio, durante a madrugada no Mar Mediterrâneo.
Segundo as autoridades militares, s primeiros destroços do aparelho foram descobertos a 290 quilómetros a norte da cidade egípcia de Alexandria por aviões e navios destacados para as buscas pelo exército egípcio. Entretanto, em Atenas, o governo grego também anunciou que foram encontrados juntos da ilha de Cárpatos diversos objetos e despojos humanos que poderão pertencer ao avião e aos ocupantes da aeronave que se despenhou no mar entre as ilhas gregas e a cidade de Alexandria, no litoral do Egito.
Entretanto, notícias veiculadas pela imprensa internacional indicam que os investigadores da aviação civil francesa, do ‘Bureau d’Enquêtes et d’Analyses’ (BEA), “confirmam que houve mensagens ‘Acars’ (Aircraft Communication Addressing and Reporting System) emitidas pelo avião sinistrado que indicavam que houve fumo na cabina pouco antes da rutura das transmissões de dados”.
As mensagens terão sido transmitidas por sensores existentes a bordo da aeronave que estão ligados a um sistema de satélites. O jornal norte-americano ‘The Wall Street Journal’, neste sábado, publica declarações de um especialista em inquéritos aéreos, em que este afirma que as informações colhidas através dos satélites, não só indicam fumo dentro do avião, sobretudo na zona dos sanitários, como também denunciam a existência de uma avaria grossa na zona do cockpit, no lado direito (possivelmente um rombo).
Contudo, ambas as informações carecem de melhor análise e de estudo, admitem as fontes citadas, e, por agora, não confirmam a hipótese de atentado, uma das causas que têm sido mais ventiladas como prováveis para o desastre aéreo que matou 66 pessoas. Os investigadores consideram que ainda é demasiado cedo para interpretar esses elementos.
O Airbus A320 da Egyptair fazia o voo MS804 entre os aeroportos de Paris/Charles de Gaulle e do Cairo com 66 pessoas a bordo, incluindo 30 egípcios, 15 franceses e um português, identificado com João David da Silva, engenheiro civil, que era diretor de uma empresa de construção civil portuguesa na África do Sul. Seguia para o Cairo, a fim de embarcar num voo que o deveria levar ao Gana, onde teria uma reunião de trabalho, antes de regressar a Joanesburgo, onde residia.
- O Ministério da Defesa do Egito colocou no canal YouTube um vídeo sobre as operações de busca, em que mostra ainda diversos destroços do aparelho sinistrado e pertences das pessoas que seguiam a bordo do avião da Egyptair: