A revolução tarifária no transporte aéreo, um dos temas mais recorrentes do mercado de turismo, esteve numa mesa redonda durante os trabalhos da 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo e 48º Encontro Comercial Braztoa, que decorre na cidade de São Paulo, Brasil.
Tarcísio Gargioni, vice-presidente de Marketing da Avianca Brasil, Mário Carvalho, diretor da TAP na América do Sul, e Fabrício Benato Jeronomo, da GOL Linhas Aéreas Inteligentes, integraram a mesa que foi mediada pelo diretor de Tecnologia e Integração da ABAV Nacional, Luís Vabo.
Os três executivos apresentaram os seus modelos tarifários e teceram diversos comentários acerca das possibilidades que se apresentam ao mercado das agências para o mercado de agenciamento. “A mudança na família de tarifas é uma grande oportunidade para aviação, mas também para o agente. Agora, ele consegue adaptar a viagem às necessidades do cliente”, destacou Mário de Carvalho.
Mesmo com o cenário de instabilidade económica quando o assunto é o lucro obtido pelas tarifas, o representante da Avianca Brasil mantém-se otimista. “Há uma tendência natural de as companhias aéreas aumentarem a receita auxiliar. O cliente não quer só viajar, ele quer uma experiência: seja uma sala vip, seja flexibilidade de horários”, observou Tarcísio Gargioni.
Esses dividendos não virão só para as companhias aéreas. Os agentes também são fundamentais nesse processo e serão recompensados. Sobre o assunto, Fabrício Benato, executivo da GOL, anunciou que existe a possibilidade de se pagar comissões para agentes.
Porém, apesar das várias boas notícias, não existe esperança para uma padronização dessas tarifas. Os três afirmaram que as diferenças entre as rotas, empresas e consumidores, além da própria disputa de mercado, torna esse movimento inviável. Mas um item será comum a todas as empresas: o que se usa, se paga, e o que não se usa, não será mais pago.