A Avianca Brasil está à procura de um comprador para 20 por cento do seu capital social, negócio através do qual o grupo controlado pelos irmãos José e German Efromovich pretende arrecadar 150 milhões de dólares, noticiou a publicação económica norte-americana ‘Bloomberg’ na sua edição digital.
A companhia aérea terá contratado para esta operação o grupo bancário e financeiro suíço UBS, que está a assessorar os empresários na busca de uma solução que satisfaça as suas intenções e necessidades de capitalização da empresa brasileira.
A Avianca Brasil tem presentemente uma frota constituída por 41 aviões Airbus, da família A320, e é a única companhia aérea brasileira que aumentou as receitas por assento por cada quilómetro voado neste ano. Nas estatísticas de julho passado a Avianca Brasil está a ganhar 21% em relação ao mesmo período de 2015, uma situação muito interessante atendendo que a queda de receitas das companhias brasileiras é constante desde há mais de um ano.
No entanto, esse bom desempenho não livra a empresa, que detém 11% do mercado brasileiro, de continuar a registar prejuízos nas suas contas finais. Em 2015 o saldo negativo foi de cerca de 282 milhões de dólares norte-americanos (906,6 milhões de reais), de acordo com informações recolhidas junto da ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil. Desde há cinco anos consecutivos que a Avianca Brasil fecha as contas no vermelho.
Desde há algum tempo que os assessores dos irmãos Efromovich estão a estudar a fusão das duas companhias aéreas principais do grupo – a Avianca Colômbia e a Avianca Brasil – entre outras soluções que possam criar sinergias no grupo, atendendo às potencialidades e perspectivas de tráfego na América Latina. United Continental, Delta Air Lines e Copa Airlines são companhias que têm tentado aproximar-se dos Efremovich. A imprensa económica latino-americana tem , inclusive, noticiado que já foram feitas ofertas para aquisição de parte do capital do grupo Avianca Holdings, mas na verdade pouco se sabe além disso.
É opinião corrente, entre analistas financeiros, ligados aos mercados da aviação civil na Colômbia e no Brasil, países onde a Avianca tem maior presença, de que os próximos meses serão cruciais para uma tomada de decisão, já que o preço do serviço da dívida é cada vez mais elevado.