A Força Aérea Brasileira (FAB) confirma que prossegue as buscas iniciadas na segunda-feira, dia 3 de dezembro, na região de Almeirim, município do Estado do Pará, no norte do Brasil, para encontrar um avião ligeiro que, tem a bordo oito pessoas, segundo indicações do último aeródromo de onde descolou no passado domingo, dia 2 de dezembro.
O alerta do desaparecimento do monomotor Embraer EMB-720C Minuano, prefixo PT-RDZ, foi comunicado ao princípio da tarde do domingo. A aeronave sobrevoava o Parque do Tumucumaque após decolar da aldeia Mataware para o município de Laranjal do Jari, no Sul do Amapá, quando teve o último contacto com a torre de controlo aéreo pelas 12h06 locais, tendo o piloto comunicado que tinha uma avaria no sistema de navegação e precisava aterrar urgentemente. Depois perdeu-se o contacto.
De acordo com a Funai (Fundação Nacional do Índio), o avião levava a bordo o piloto e sete indígenas da aldeia Mataware, no Parque do Tumucumaque, para o município de Laranjal do Jari. Um transporte habitual, já que as distâncias são muito grandes e não há estradas com boas condições de circulação, disseram funcionários da Funai, que, juntamente com militares do Exército, participam nas buscas por terra. Aliás, o acesso àquela aldeia é feito apenas por via aérea, escreve a imprensa brasileira, que noticia o desaparecimento do avião.
A FAB iniciou logo as buscas utilizando uma aeronave C-130 Hercules sob o comando e Salvamento Aéreo (Salvaero), de Manaus, no Estado do Amazonas.
“Aparentemente, a viagem de ida teria ocorrido normalmente. No retorno o piloto entrou em contato com sua central relatando alguma pane no sistema, que o obrigaria a realizar um pouso forçado. Desde então não há mais informações”, diz a Funai, por meio de nota.
Segundo a assessoria da Funai, é comum na região o fretamento de aeronaves para realizar o percurso. Ainda não há informação se o avião conseguiu fazer um pouso de emergência ou caiu. Também não foi confirmado o número de passageiros.
O avião desaparecido eventualmente pertence a uma empresa de táxi aéreo denominada TAS – Táxi Aéreo Sinopense. Assim estava registado há cerca de uma década. Contudo, as autoridades aeronáuticas mantêm alguma reserva sobre a identificação do proprietário da aeronave, não tendo sido revelados pormenores ainda sobre a responsabilidade do fretamento. A Funai já disse à rede Globo que o voo era clandestino, pois não tinha sido comunicado plano de voo às autoridades aeronáuticas. O avião tinha saído de fábrica em 1980.
- Notícia em desenvolvimento – Atualizada às 23h45 de 04dez2018
- Imagem de entrada mostra o avião desaparecido. Foi obtida em 2010, no Aeroporto de Brasília. Foto © João Paulo Carisio/Jetphotos