O ‘drone’ militar usado pela Força Aérea Portuguesa (FAP) no exercício ‘Zarco 152’ que terminou na quinta-feira, dia 19 de novembro, na ilha do Porto Santo, vai fazer desta ilha até às ilhas Selvagens, as mais afastadas do arquipélago da Madeira, no Atlântico, muito próximo do arquipélago das Canárias, uma comunidade autónoma de Espanha.
A FAP aproveita a ida da fragata da Marinha de Guerra Portuguesa ‘Bartolomeu Dias’, que se desloca às Selvagens em missão de soberania, para coincidir com o voo do avião não tripulado.
A revelação do teste foi feita pelo Comandante da Zona Operacional da Madeira. “Um dos objetivos da ida da fragata às Selvagens é prestar apoio à manobra que vai ser testada amanhã com o veículo não tripulado. Que vai levantar do Porto Santo em direção às Selvagens, filmando toda a zona marítima envolvente, e depois regressa”, disse nesta sexta-feira, dia 20 de novembro, o major-general Marco Serronha.
O objetivo da aeronave a ser controlada remotamente é poder chegar às Selvagens, assumindo mesmo que “o grande objetivo no futuro é este meio ir às Selvagens fazer a monotorização e voltar”. O veículo não tripulado está a ser testado para substituir o empenho de aeronaves militares nas operações de vigilância marítima.
Confiante no êxito do grande teste, o major-general Marco Serronha admite que “a Força Aérea mais cedo ou mais tarde vai localizar na Região meios de forma permanente” para possam assim garantir as missões de vigilância com controlo à distância.
Desde há alguns meses que a Força Aérea Portuguesa tinha anunciado a eventual realização deste voo entre o Porto Santo e as Selvagens para esta data.
O voo coincide ainda com a realização do ‘Sharpeye 15’ considerado pela FAP como o maior exercício, a nível nacional, no âmbito dos Sistemas Aéreos Autónomos Não Tripulados (UAS), que tem como base a ilha do Porto Santo.