O presidente do Grupo SATA, António Teixeira, garantiu que no período entre março e outubro deste ano haverá um aumento de 7% nos lugares disponibilizados nas ligações aéreas entre Lisboa e a Horta, que serão asseguradas em exclusivo pela Azores Airlines, companhia do grupo que se dedica aos voos para o exterior do arquipélago.
Ouvido em sede de comissão no parlamento dos Açores, António Teixeira assegurou que no verão IATA 2019 serão disponibilizados 81.650 lugares na rota Lisboa-Horta-Lisboa, “mais 5.573 lugares do que os oferecidos em 2018, um crescimento de 7%”, sendo que o aumento da procura deverá ficar pelos 4%, continuou o gestor.
O presidente da companhia aérea açoriana foi ouvido nesta quarta-feira, dia 9 de janeiro, a pedido do Partido Social-Democrata (PSD), e em conjunto com o secretário regional adjunto da Presidência para os Assuntos Parlamentares, Berto Messias, sobre a operação da SATA/Azores Airlines para a ilha do Faial.
O deputado social-democrata Carlos Ferreira denunciou o que diz ter sido um “verão caótico” em 2018 na ilha do grupo central, com “falta de lugares, atrasos constantes, bagagem deixada atrás, falta de apoio a passageiros de voos cancelados e, pela negativa ainda, uma inovação, cancelamentos por falta de tripulação”.
“Não estamos a inventar nada, estamos a descrever o que sentimos na pele e as pessoas nos disseram que sentiram na pele. Se o Faial está a crescer, podia crescer muito mais se houvesse uma resposta adequada nas ligações aéreas”, prosseguiu o parlamentar do PSD/Açores.
O secretário para os Assuntos Parlamentares, por seu turno, recusou o “cenário dantesco” pintado pelo PSD “em nome de questões político-partidárias”, sublinhando que desde 2015 o número de lugares disponibilizados na rota da Horta foi sempre subindo, tal como o número de passageiros desembarcados na cidade faialense.
“Temos consciência das nossas responsabilidades e do trabalho que tem vindo a ser feito pela SATA num contexto de transformação total e absoluta no contexto das ligações aéreas na nossa região e para fora da nossa região”, prosseguiu, aludindo à liberalização do espaço aéreo e à saída da TAP da ligação entre Lisboa e a Horta.